Botafogo
Torcedores do Botafogo relatam ataque com pedras de organizadas do Flamengo dentro de vagão do trem
Caso aconteceu na noite do último domingo (15), após a vitória do alvinegro sobre o Fortaleza. Testemunhas afirmam que pelo menos duas pessoas ficaram feridasTorcedores do Botafogo vivenciaram momentos de terror, na noite do último domingo (15), após a vitória do time alvinegro sobre o Fortaleza pelo placar de 3 a 1, no estádio Nilton Santos, em Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio. Um grupo que voltava para casa de trem, no ramal Japeri da Supervia, foi atacado com pedras por membros de organizadas do Flamengo.
Segundo o relato das vítimas, quando o trem abriu as portas na estação Oswaldo Cruz, um grupo de cinco a dez jovens se aproximaram da porta e arremessaram pedras dentro do vagão. Um deles, de acordo com os torcedores alvinegros, teria chegado a mostrar um arma.
Durante a confusão, uma das pedras acertou o jogador de futebol americano e torcedor do Botafogo Henio Hugo, de 29 anos, que teve o maxilar fraturado. Ele foi inicialmente socorrido por outros passageiros e depois levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Edson Passos, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Sem conseguir o devido atendimento no local, torcedores que socorreram Henio racharam um carro de aplicativo e foram até o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. No momento, o jogador de futebol americano está internado na unidade e aguarda por uma cirurgia.
Além de Henio, torcedores e passageiros relatam que uma mulher teve um ferimento profundo na testa, na região do supercílio. Ela teria saltado do trem com o marido na estação Marechal Hermes e dado entrada no Hospital Estadual Carlos Chagas.
Veja um vídeo do vagão do trem logo após o ataque:
Veja também os relatos de torcedores e passageiros publicados nas redes sociais:
Após repercussão do caso, clube e autoridades se manifestam
Por meio de nota oficial divulgada na noite desta segunda-feira (16), o Botafogo afirmou que “acionou os órgãos públicos na busca por esclarecimentos em decorrência dos episódios de violência provocados por torcedores rivais nos trens da Supervia, após a última partida”. No texto, o clube ainda disse que “repudia os atos e não medirá esforços para buscar a segurança dos alvinegros”.
Procurada pela reportagem da Super Rádio Tupi, a Polícia Militar (PM) informou que uma equipe do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) foi acionada para coibir o princípio de desentendimento entre as torcidas rivais dentro de uma composição ferroviária, na Estação Oswaldo Cruz. Ao notar a alteração, o maquinista teria fechado as portas do trem e partido.
Segundo o comunicado enviado pela corporação, não houve relatos de feridos neste episódio e os policiais permaneceram na estação até o encerramento das operações previstas para o dia do jogo. Ainda de acordo com a nota da PM, o comando do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) determinou que sejam feitas buscas na região para identificar o envolvimento de torcidas organizadas no suposto ato.
A reportagem da Super Rádio Tupi também entrou em contato com a Supervia que confirmou “uma ocorrência com torcedores no interior de uma composição do ramal Japeri na altura da estação Oswaldo Cruz”. Na nota, a concessionária destacou que “a segurança pública no sistema ferroviário é uma atribuição do Poder Público, que atua nos trens, estações e ao longo da via férrea por meio dos órgãos policiais, como o GPFer (Grupamento de Policiamento Ferroviário)”. A empresa disse também que os agentes de controle “não têm poder de polícia para atuar na prevenção ou coerção de ações de natureza criminal, conforme estabelece a legislação e o contrato de concessão”.