Botafogo
John Textor defende gramado sintético: ‘Não jogaremos em campo de bezerro’
De acordo com o norte-americano, a saúde dos jogadores está em melhores condições na grama artificial
Dono da SAF do Botafogo, John Textor, defendeu o gramado sintético. A pauta foi levantada em reunião virtual dos clubes com a CBF na última quarta-feira, Fluminense e Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol). De acordo com o norte-americano, a saúde dos jogadores está em melhores condições na grama artificial.
“A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. Às vezes, pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos. A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo”, declarou Textor, após a vitória sobre o Bragantino, pela Libertadores.
Desde o ano passado, o Estádio Nilton Santos conta com o gramado sintético. A CBF não irá proibir a utilização no curto prazo. No entanto, convocou a Comissão de Médicos para debater o tema com a Comissão Nacional de Clubes. Além disso, a entidade garantiu que irá contratar consultoria internacional para realizar um estudo sobre o caso.
John Textor também criticou o Fluminense e Fenapaf, mas ressaltou que o Botafogo irá colocar grama natural no estádio a partir de 2025 se for decidido a proibição da artificial.
“Não critiquem nossa tentativa de tentar algo mais seguro para os jogadores. Vamos falar de elevar o nível. Querem ir para grama natural? Devemos formar a liga, oficializar um padrão, pagar e treinar árbitros. Vamos em frente. Vamos todos pagar 1.3 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões) em cada campo, é isso que custa na Premier League. O Brasil merece a qualidade dos melhores lugares do mundo, futebol é bom como em qualquer lugar do mundo. Isso pode impactar nossos shows, mas arrumaremos um jeito. Se quiserem ir para a grama natural no ano que vem, nós iremos. Não enganem, não jogaremos em campo de bezerro, não faz bem aos jogadores”, afirmou.