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Campeonato Brasileiro

Ascensão imediata, insistências e atrito com torcida: a trajetória de Rafael Paiva pelo Vasco

Treinador foi demitido pelo presidente Pedrinho após derrota diante do Corinthians, em São Paulo

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Rafael Paiva. Vasco x Atlético-GO (Foto: Leandro Amorim/Vasco)
(Foto: Leandro Amorim/Vasco)

Após cinco meses, o trabalho de Rafael Paiva no Vasco chegou ao fim, neste domingo (25), depois da derrota por 3 a 1 para o Corinthians. O presidente Pedrinho anunciou a saída do técnico ainda na Neo Química Arena, na partida da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. A Super Rádio Tupi detalha a trajetória e lista os motivos que provocaram a queda de aproveitamento do profissional à frente do clube carioca.

Sequência de vitórias

O interino assumiu o elenco principal do Cruzmaltino no fim de junho, na sequência da demissão de Álvaro Pacheco. O português, aliás, dirigiu a equipe por apenas quatro partidas – um empate e três derrotas. Assim, para iniciar rapidamente uma recuperação, havia senso de urgência em achar um nome para o cargo que conhecesse os jogadores e o dia a dia dos treinos no CT Moacyr Barbosa.

Foi aí que Rafael Paiva, que já tinha comandado o Vasco após a saída de Ramón Díaz, voltou a figurar como o responsável por evitar cenário pior na Série A. O começo de trabalho mostrou que a decisão da diretoria foi acertada: na sete partidas iniciais, o interino conquistou cinco triunfos, alguns sobre times de maior de expressão, como São Paulo, Internacional, Corinthians e Fortaleza.

Como se não bastasse a boa campanha no Brasileiro, o técnico ainda alcançou feito histórico no século XXI nesta temporada. Levar o Gigante da Colina novamente às semifinais da Copa do Brasil, o que não acontecia desde 2011, quando se sagrou campeão. No entanto, o Atlético-MG classificou-se, depois de vencer por 2 a 1, na ida, e arrancar o empate em 1 a 1, na volta.

Declínio do desempenho e insistências

A partir da eliminação, a vida de Rafael Paiva passou a ficar cada vez mais difícil dentro do clube carioca. Tanto é que os resultados positivos, antes frequentes, deram vez à fracas atuações no campeonato nacional e derrotas sem reação. A equipe, por exemplo, tomou de 3 a 0 para São Paulo, Botafogo e Fortaleza.

Além disso, um fator que não caiu bem internamente tem relação com as escolhas do treinador dentro das quatro linhas. A entrada de Rossi, que quase não vinha sendo utilizado, nas semifinais da Copa do Brasil deixou pontos de interrogação no Vasco. Assim como a improvisação de laterais como pontas. Diante do Corinthians, Paulo Henrique, Lucas Piton, Puma Rodríguez e Leandrinho atuaram como titulares.

Com isso, os questionamentos vieram e Paiva iniciou leve atrito com as arquibancadas. Afinal, torcedores demonstravam, por diversas vezes, insatisfação com as escalações. A relação, já abalada, ficou insustentável quando o profissional criticou a torcida na entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, em São Januário, na última quinta-feira (21).

“Não vejo torcida vaiar mais jogador do que a torcida do Vasco. Já falei aqui o exemplo do Pec e do Orellano, que eram jogadores vaiados aqui, e um foi o melhor e o outro o terceiro melhor da liga americana. Acho que aqui a gente sofre muito, todo mundo, torcida, estafe, jogadores, por essa ânsia que a gente tem de ver o Vasco onde o Vasco merece estar, que é disputar títulos”, disse, na ocasião.

Ao todo, Paiva esteve à beira do campo em 31 jogos, após a demissão de Álvaro Pacheco. Terminou o trabalho com 12 vitórias, oito empates e 11 derrotas. Nos últimos 14 duelos, ganhou somente dois.

Quem assume?

Agora, a expectativa é que Felipe, atual diretor-técnico do Cruzmaltino, seja o responsável por dirigir o elenco principal nas três rodadas restantes do Campeonato Brasileiro. Os cariocas enfrentam Atlético-GO e Atlético-MG em casa, e encerra a participação na edição diante do Cuiabá, fora.

Na 11ª colocação da tabela, com 43 pontos, a equipe ainda sonha com classificação à Libertadores do ano que vem. Para isso, precisa terminar entre os sete primeiros lugares – o Flamengo foi campeão da Copa do Brasil e, por isso, abriu-se mais uma vaga no até então G-6. Porém, o Gigante da Colina precisará não só ganhar suas partidas, como também torcer por tropeços de Cruzeiro (7°), Bahia (8°) e Corinthians (9°), todos com 47. O Atlético-MG está em 10°, tendo 44.

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