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Apolinho: relembre como surgiu o apelido consagrado de Washington Rodrigues

“Velho Apolo” contou como missão da NASA gerou “marca registrada” nas últimas décadas

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Washington Rodrigues, o Apolinho
Foto: Super Rádio Tupi

Um dos nomes mais emblemáticos da crônica esportiva carioca e brasileira, Washington Rodrigues, o “Apolinho”, que faleceu na noite da última quarta-feira (15), sempre se destacou por diversas características que o fizeram ser adorado pelo público desde seus primeiros momentos no radiojornalismo.

Entre tais características, é possível citar a irreverência, a perspicácia, o bom humor e a capacidade de criar bordões que simplificavam a vida daqueles que o acompanhavam “nas ondas” do rádio.

Fosse pelos comentários esportivos, ou até mesmo temas cotidianos, o “Velho Apolo”, como também era chamado, se tornou referência na comunicação brasileira. Foi, no entanto, entre os anos de 1969 e 1970 que ele ganharia sua marca registrada, que perdurou por décadas e décadas.

Enquanto ainda atuava como repórter de campo, ao trocar a Rádio Nacional pela Rádio Globo, Washington Rodrigues estreou, ao lado de Deni Menezes, a primeira dupla de repórteres do rádio brasileiro – algo até então inexistente no cenário da crônica. Ambos foram chamados de “os trepidantes”.

José Carlos Araújo, Telê Santana, Apolinho e Deni Menezes – Foto: Acervo pessoal

Para facilitar a vida dos profissionais e melhorar a qualidade do trabalho, o SGR (Sistema Globo de Rádio), onde Apolinho trabalhava àquela altura, decidiu trocar seus equipamentos, abrindo mão de modelos que vez ou outra não poderiam ser utilizados.

“A nossa dificuldade era que os microfones que a gente utilizava, era um microfone muito grande. Parecia a taça da Champions. Era enorme e tinha que segurar com as duas mãos para entrevistar. Ele também tinha uma antena enorme. Quando tinha tempestades, a gente tomava choques horríveis” – relatou.

Diante deste problema, a Rádio Globo decidiu investir em modelos mais recentes. O modelo escolhido foi o mesmo utilizado na missão Apollo 11, excursão realizada pela NASA em 1969, que resultou na chegada do homem à Lua.

Apolinho
Ao todo, Apolinho acumulou 62 anos de radiojornalismo – Foto: Acervo pessoal

Tais microfones eram utilizados para que a tripulação pudesse se comunicar com mais efetividade com o comando terrestre, durante a missão lunar.

“A partir disso, o Celso Garcia, que era o segundo narrador (da emissora), batizou os microfones de Apolinho – o meu e o do Deni. E aí o Waldir Amaral dizia: ‘lá vai Washington Rodrigues com seu apolinho…’. E os torcedores da geral, não sei porquê, talvez por não conseguir pronunciar meu nome, Washington, começaram a me chamar de Apolinho. Os colegas da imprensa, de sacanagem, entraram na onda e me apelidaram assim. Aí eu peguei, assumi o apelido e registrei. Mas tudo nasceu do fato do microfone ter sido chamado de apolinho” – explicou o comentarista.

Desde então, Washington Rodrigues ficou conhecido como “O Apolinho”, mesmo que seu nome inicial também permanecesse sendo conhecido e respeitado da mesma maneira.

Apollo 11

A missão Apollo 11 foi uma das várias organizadas a partir do programa Apollo, criado pelo governo dos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Como demonstração de força e poder, através da chamada corrida espacial, o intuito inicial era enviar expedições para a órbita lunar. Ao longo do tempo, os objetivos foram sendo modificados.

Depois de várias missões realizadas, Apollo 11 foi a que conseguiu levar, efetivamente, o homem à Lua, no ano de 1969. A bordo do módulo de comando Columbia, Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram os três astronautas desembarcaram no satélite natural da Terra, no dia 20 de julho daquele ano.

O nome do programa faz uma referência ao deus grego Apolo, bastante associado com as colonizações realizadas pelos gregos antigos ao redor do Mar Mediterrâneo, e também irmão gêmeo de Artemis, a deusa da Lua, de acordo com a mesma mitologia.

Imagem capturada por Neil Armstrong durante missão Apollo 11 – Foto: NASA
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