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Anistia Internacional pede que Fifa pressione o Catar sobre questões trabalhistas
País abriga grande quantidade de imigrantes do subcontinente indianoA Anistia Internacional pediu à Fifa nesta segunda-feira (22) que pressione o Catar para melhorar as condições dos trabalhodores migrantes que realizam as obras de infra-estrutura no país sede da Copa do Mundo de 2022.
Na última sexta-feira, Gianni Infantino, presidente da Fifa, já tinha revelado a jornalistas que a proteção dos Direitos Humanos era uma prioridade da entidade.
“A proteção dos Direitos Humanos no plano internacional é uma prioridade absoluta para a Fifa. Devemos ser justos lá (no Catar) e admitir que aconteceram muitos avanços sobre as condições dos trabalhadores. Com certeza, é possível fazer mais em todos os lugares, sempre, inclusive na Suíça” – afirmou.
O Catar, assim como outros estados do Oriente Médio, abriga uma importante população migrante, tendo operários e trabalhadores pobres, que deixam o subcontinente indiano.
O país, inclusive, desde que foi escolhido para sediar o maior torneio do mundo vem sendo examinado de maneira detalhada pela AI no que diz respeito aos direitos trabalhistas.
A AI solicitou que a FIFA exerça um controle “independente e regular” de todas as sedes e projetos relacionados ao Mundial-2022 para detectar e evitar abusos.
“A Fifa tem a oportunidade de contribuir para fazer do Catar um local melhor para os trabalhadores migrantes” – insistiu a Anistia Internacional.
No sábado, a instauração de um salário mínimo equivalente a 230 euros por mês (cerca de R$ 1.518) entrou em vigor para todos os trabalhadores, um fato sem precedentes no Golfo, de acordo com o Catar, país rico por seus recursos energéticos.
Recentemente, a Noruega já havia revelado que estuda um boicote à Copa do Mundo de 2022 por conta da quantidade de mortes que vinham sendo contabilizadas nas obras realizadas para a disputa da competição.