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AGE acontece no Vasco com protestos dos poderes do clube
Decisão da Justiça Comum diz que resultado fica sub Júdice até análise finalQuase 9 mil sócios do Vasco da Gama foram convocados neste domingo (30/8) a votar na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de maneira virtual para aprovar o novo estatuto que prevê eleições diretas já na próximo pleito, previsto para novembro de 2020.
Vários poderes do clube alertam que a AGE está fora dos ritos estatutários é um comunicado foi enviado aos sócios.
Leia:
Nota Conjunta do Conselho Deliberativo, Conselho de Beneméritos e Conselho Fiscal
Uma AGE Irregular e Ilegítima
Em decisão prolatada neste sábado (29/08), o Desembargador André Ribeiro, SUSPENDE OS EFEITOS da Assembleia Geral convocada para este domingo (30), diante das inúmeras irregularidades que a maculam (não cumprimento do regimento interno da AGE, desrespeito do prazo legal de convocação, entre outras).
A aspiração das eleições diretas para a presidência da Diretoria Administrativa foi acolhida de forma unânime pelo Conselho Deliberativo, no bojo de uma reforma mais ampla que moderniza o estatuto vascaíno.
Todas as correntes políticas presentes no Conselho Deliberativo participaram deste esforço e a imensa maioria das inovações foi aprovada por consenso.
As críticas pontuais que possam existir em relação à reforma poderiam facilmente ser encaminhadas na nova gestão que assumirá em janeiro de 2021.
Assim, estava dada, sem qualquer problema ou contencioso, a consagração das eleições diretas já para a próxima eleição.
Ocorre que, por interesses eleitorais e não institucionais, determinados grupos resolveram que a conquista das diretas, desta forma consensual, representaria uma perda de bandeira política.
Em função disso, levaram à justiça comum o que já estava resolvido internamente pelos poderes vascaínos, contando, tristemente, com o concurso do presidente da Assembleia Geral.
O presidente da Assembleia Geral atropela às normas estatutárias e o regimento da AGE, no afã de atender o grupo político que apoia.
Consideramos de suma gravidade transformar em mera pantomima a Assembleia Geral, momento maior da democracia vascaína.
Chegaremos ao cúmulo de uma Assembleia Geral irregular onde só participará, da junta que reúne os poderes do Clube, o próprio autor das ilegalidades e violações, que, ancorado em chicanas jurídicas e bajulação de parte das redes sociais, acredita que sairá incólume de sua atitude temerária.
Assim, esclarecemos aos sócios e torcedores que a suposta Assembléia Geral Extrordinária convocada para este domingo (30/08) carece de legitimidade e regularidade institucionais, e em nada representa o Club de Regatas Vasco da Gama, não passando de mera estratégia oportunista visando colher dados pessoais dos sócios vascaínos com fins de manipulação eleitoral.
Roberto Monteiro – Presidente do Conselho Deliberativo
Sílvio Godói – Presidente do Conselho de Beneméritos
Edmilson Valentim – Presidente do Conselho Fiscal
Rafael Landa – Membro titular do Conselho Fiscal e membro da Junta Recursiva
Uma decisão judicial obtida na noite de sábado diz que o resultado não poderá ser homologado até apreciação do mérito.