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Adriano Imperador abre o jogo sobre alcoolismo e depressão em biografia
O atacante, que também fez carreira na Inter de Milão, Fiorentina, Parma, São Paulo, Roma e Corinthians, aborda temas espinhosos no livro, como alcoolismoUm dos ídolos do Flamengo, Adriano Imperador abriu o jogo, se despiu de todas as amarras e tocou em feridas em uma série de depoimentos para sua biografia, Adriano – Meu Medo Maior, escrita pelo jornalista Ulisses Neto, que já está nas livrarias.
O atacante, que também fez carreira na Inter de Milão, Fiorentina, Parma, São Paulo, Roma e Corinthians, aborda temas espinhosos no livro, como alcoolismo, depressão e a tentava de interná-lo em uma clínica de reabilitação na Suíça.
” Eu chegava em casa e arrumava qualquer motivo para beber. Ou era porque meus amigos estavam lá, ou era porque eu não queria ficar no silêncio pensando merda, ou era para conseguir dormir. Deitava apagado em qualquer canto sem ter nem condição de sonhar”, conta Adriano Imperador, segundo o jornal Extra.
“Muita gente usa o futebol como válvula de escape, eu precisava de um escape do futebol. Esse escape era a minha família. Meu pai. Quando olhei, ele não estava mais ali. Uma coisa levou a outra , e a bebida se tornou a minha companheira. Continuei chegando atrasado nos treinos. O clube tentava passar um pano na imprensa, eu recebia as multas no meu salário e nem me importava mais. Era tanta grana que eu ganhava, cara. A primeira multa dói. A segunda, tu fica p*to. Na terceira, você já nem liga. E isso vale para os dois lados”, relata.
“Terminei a temporada acima do peso outra vez. Sofri com algumas lesões durante o ano. Eu nunca quis prejudicar ninguém, isso é importante que fique claro. Tudo que fiz foi porque eu não consegui tomar outro caminho… Minhas costas doíam. Doem neste momento, para ser sincero. Convivo com este problema. Não fui convocado para a Copa América de 2007. Tudo reflexo da vida que eu estava levando… O que eu não sabia é que a paciência de alguns dentro do clube já tinha chegado no limite. Os caras estavam se movimentando para me despachar, mano. Sério. Vieram com conversa de me emprestar…”, revela Didico