Esportes
Abel Ferreira lamenta morte de Walewska, com quem esteve há três dias no CT do Palmeiras
Treinador do Alviverde comentou sobre o encontro da última terça-feira, quando os dois trocaram livrosO técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, lamentou a morte de Walewska Oliveira, ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica pelo Brasil, aos 43 anos de idade. Em entrevista coletiva após a partida do Alviverde diante do Grêmio, nesta quinta-feira (21), o português comentou sobre o encontro que teve com a atleta no CT do clube, há três dias.
Na ocasião, na terça-feira (19), os dois conversaram por aproximadamente uma hora, de acordo com o treinador, e se presentearam com seus livros. Walewska havia lançado no início do ano o livro “Outras redes”, enquanto Abel Ferreira tem outros dois sobre sua experiência no futebol.
“Quando me disseram, eu nem acreditei. Fiquei incrédulo. E acho mesmo que não vale a pena me chatear com futebol. Vários treinadores já me disseram isso. Tive uma conversa com o Ancelotti e adorei o que ele me disse. Tenho conversas com treinadores que me dizem que tens que aprender a desfrutar o futebol, não tem que levar tão a sério, só dar o teu melhor, porque é verdade que estamos todos na fila” – iniciou Abel.
“Quando chega ao final de um jogo desse, sai triste, irritado e recebe uma notícia dessas, tu pensa realmente qual é o verdadeiro significado da vida. O que estou aqui a fazer? Qual é a minha missão enquanto homem? Qual é a minha missão enquanto treinador?” – prosseguiu o treinador.
Nas redes sociais, o Palmeiras também lamentou a morte da campeã olímpica.
“Tive a oportunidade de falar com ela por uma hora, foi espetacular, ela era capitã de equipe. Falamos sobre a experiência dela na Espanha, como era o vôlei na Espanha e tal, ela esteve na Rússia também. Perguntei como foi a transição de passar de estar a profissional e depois deixar de jogar.” – destacou Abel.
“Ela queria, através de um podcast que ela tinha, passar essa mensagem, que o jogador tem de se preparar para essa transição após a aposentadoria. Foi uma hora extraordinária, de aprendizagem. Quando chegou ao final do jogo e me dizem essa notícia, eu não queria acreditar, fiquei incrédulo. Estou muito, muito triste. O máximo que posso fazer é prestar condolências à família. No fim sou ser humano como vocês, tenho defeitos, tenho sentimentos” – finalizou.