Esportes
A partir de agora os árbitros poderão suspender jogos em caso de homofobia e racismo
FIFA enviou uma notificação aos seus filiados sobre a nova regra que já existe desde 2017A FIFA encaminhou uma notificação nesta quinta-feira para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e para seus filiados, comunicando que deverão seguir o protocolo contra a discriminação nos estádios e poderão suspender a partida. No texto está incluído atos de racismo e homofobia.
O protocolo da FIFA já é utilizado desde 2017, quando começou na Copa das Confederações na Rússia. Na orientação, os árbitros que identificarem e considerarem discriminatórios (atos racistas ou homofóbicos) nas partidas, deverão seguir três passos, como a FIFA ordena. Em casos extremos, a partida poderá ser suspensa, mesmo depois de iniciada.
A CBF foi punida no primeiro jogo da Copa América. Na partida entre Brasil e Bolívia, a torcida gritava “bicha” nas cobranças de tiro de meta do goleiro boliviano.
A arbitragem terá que seguir os seguintes passos:
1 – O árbitro terá que paralisar a partida e pedir para que os telões e o sistema de som peçam para que as discriminações parem. Caso seja um caso isolado de torcedores imitando macaco, o árbitro terá de realizar o mesmo procedimento. Jogadores e profissionais das equipes poderão fazer a denúncia para a arbitragem.
2 – O segundo passo será de interromper a partida, e pedir novamente que seja avisado pelo sistema de som e nos telões do estádio.
3 – Por fim, caso não cesse, o árbitro deverá suspender a partida, e os sistemas de áudio e imagem do estádio deverão avisar aos torcedores para que deixem o estádio.
Em diversas edições da Copa Libertadores e da Sul-Americana, torcedores sul-americanos insistem em fazer gestos racistas para times brasileiros, e até mesmo para times que possuem jogadores negros no elenco. Os gritos homofóbicos acontecem no Brasil e no mundo todo. O STJD prometeu analisar com mais calma esse tipo de transgressão.