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Stingaree: Primeiro peixe marinho desaparece devido à ação humana

Extinção dos peixes marinhos: O caso do Stingaree de Java

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Stingaree: Primeiro peixe marinho desaparece devido à ação humana
Créditos: depositphotos.com / [email protected]

O mundo perdeu uma importante espécie marinha: o stingaree de Java. Esta espécie, que já não era documentada há mais de 160 anos, foi declarada extinta, tornando-se o primeiro peixe marinho oficialmente extinto por ações humanas. Esta constatação foi feita por Julia Constance, pesquisadora da Charles Darwin University, e sua equipe, e causou diversos debates na comunidade científica.

Embora pareçam semelhantes às arraias, os stingarees são menores e menos vistos. Constance, que estuda esses peixes na costa australiana, descreve-os como criaturas elusivas e tranquilas. O stingaree de Java, em particular, destaca-se por ser extremamente raro. Apenas um espécime conhecido, comprado por um zoólogo alemão em um mercado de peixes em Jacarta em 1862, reside no Museu de História Natural de Berlim.

O Que Causou a Extinção do Stingaree de Java?

O principal motivo por trás da extinção do stingaree de Java parece ser a pesca intensiva na região. Constance e seus colegas usaram dados da indústria pesqueira indonésia, incluindo levantamentos em locais de desembarque de peixes realizados desde 2001. Acredita-se que o aumento da captura de tubarões e raias em águas indonésias tenha impactado fatalmente a população deste peixe.

A análise dos dados com ferramentas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) revelou uma confiança de 93,5% de que o stingaree de Java havia realmente desaparecido. As taxas de reprodução lentas de tubarões e raias, produzindo prole apenas uma ou duas vezes por ano, também contribuem para a vulnerabilidade dessa espécie a pressões como a pesca.

Stingaree de Java (Créditos: Edda Abel/Museum für Naturkunde Berlin/Reprodução)

Existem Outros Peixes Marinhos em Perigo?

Embora a extinção do stingaree de Java tenha sido oficialmente reconhecida, levanta-se a questão sobre outras possíveis extinções marinhas ainda não descobertas. Diego Biston Vaz, curador sênior do Museu de História Natural de Londres, menciona que os habitats marinhos têm a capacidade de abrigar espécies em áreas menos acessíveis aos humanos, o que pode atrasar a descoberta de outras extinções.

No entanto, Catherine Macdonald, do Programa de Pesquisa e Conservação de Tubarões da Universidade de Miami, ressalta que mesmo ambientes marinhos relativamente inexplorados estão sob pressão crescente. Como resultado, há uma necessidade de vigilância contínua e precaução ao declarar espécies extintas, para não acelerar o desaparecimento de outras.

Qual o Futuro da Pesquisa Sobre Extinções Marinhas?

Constance continua sua busca por sinais do stingaree de Java, monitorando coleções de museus e participando de pesquisas de campo em Jacarta. Ela, juntamente com sua equipe, espera que o cuidado em declarar extinções traga mais conscientização e proteção às espécies marinhas ameaçadas. A história do stingaree de Java serve como um lembrete eloquente da influência humana nos ecossistemas marinhos e a necessidade urgente de conservação.

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