Rapper retira clipe do ar após acusação de fazer sinal associado a facção criminosa

A rapper baiana Duquesa tirou do ar o videoclipe de sua nova música “Fuso” e encerrou uma trend no TikTok após críticas sobre o uso de sinais manuais associados a facções criminosas. A artista se pronunciou pelas redes sociais nesta sexta-feira (2), negando qualquer apologia ao crime e anunciou a gravação de um novo clipe.

O videoclipe de “Fuso”, single lançado em 16 de dezembro por Duquesa, precisou ser removido após a repercussão negativa de uma trend no TikTok que usava o gesto do número 3 com as mãos. O símbolo está sendo vinculado ao Bonde do Maluco (BDM), facção criminosa da Bahia, o que gerou preocupação entre a cantora e seus fãs.

se fuso sair do ar a gente vai entrar em greve greve greve greve greve greve
pic.twitter.com/v4dza5AAar

— pablo (@pablossnts) December 31, 2024

Nas redes sociais, Duquesa explicou sua decisão: “Não iremos repostar nenhum vídeo que contenha sinais indevidos com as mãos. Aqui na Bahia, gestos e simbologias manuais estão sendo associados a organizações criminosas”, afirmou.

A cantora destacou que nunca fez apologia ao crime e que a decisão foi motivada por relatos de fãs preocupados em reproduzir o gesto e enfrentar problemas graves.

Contexto trágico

A utilização de sinais manuais para identificar facções criminosas tem sido recorrente na Bahia e já resultou em tragédias. Em 2024, dois jovens foram assassinados em Arembepe após posarem com o gesto do número 3 em uma foto, associado ao BDM.

Reação dos fãs

Fãs da rapper saíram em defesa de sua atitude nas redes sociais. “A música não faz apologia a nada, mas a trend poderia ser mal interpretada e trazer problemas sérios”, comentou um internauta. Outro destacou a preocupação da artista: “Ela se preocupa com os fãs. Quem julga ela não sabe como as coisas estão complicadas.”

Novo clipe

Duquesa confirmou que um novo videoclipe será gravado para o single, afastando qualquer controvérsia. “Meu trabalho não gira em torno disso. Nunca me envolvi com nada relacionado a isso e nunca faria apologia a esse tipo de coisa.”

Assista ao vídeo: