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Procurados – EUA: tudo o que você precisa saber antes de assistir ao documentário sobre O.J. Simpson na Netflix

A série de quatro episódios revisita um dos casos mais midiáticos da história dos Estados Unidos

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A Netflix lançou nesta quarta-feira (29) o documentário Procurados – EUA: O.J. Simpson. Com direção de Floyd Russ, a série de quatro episódios revisita um dos casos mais midiáticos da história dos Estados Unidos: o julgamento de O.J. Simpson pelo assassinato de sua ex-esposa, Nicole Brown Simpson, e seu amigo, Ronald Goldman, em 1994.

O caso que chocou os EUA

Na noite de 12 de junho de 1994, Nicole Brown Simpson e Ron Goldman foram brutalmente assassinados do lado de fora da casa onde Nicole vivia, em Los Angeles. A polícia encontrou uma luva ensanguentada no jardim de O.J. Simpson, que combinava com outra no local do crime, além de manchas de sangue em seu Ford Bronco branco. No dia seguinte, quando os agentes foram interrogá-lo, Simpson já havia saído da cidade.

A investigação revelou um histórico de violência doméstica no casamento de O.J. e Nicole. O casal se divorciou em 1993, e meses depois, Nicole e Ron foram assassinados. Pressionado, Simpson retornou a Los Angeles e passou por interrogatórios prolongados. Com a coleta de mais vestígios de sangue e provas na casa do ex-jogador da NFL, ele se tornou o principal suspeito.

A perseguição televisionada

No dia 17 de junho de 1994, O.J. Simpson protagonizou um dos eventos mais marcantes do caso: uma perseguição policial televisionada. A bordo de um Ford Bronco branco dirigido por seu amigo Al Cowlings, O.J. manteve uma arma apontada para a própria cabeça enquanto era seguido pela polícia. Milhões de pessoas acompanharam o desfecho ao vivo, que terminou com Simpson se entregando.

O julgamento do século

Começando em novembro de 1994, o julgamento de O.J. Simpson capturou a atenção do mundo. O caso abordou questões como racismo estrutural, fama e privilégio. A acusação apresentou evidências contundentes: pegadas ensanguentadas compatíveis com Simpson, gotas de sangue com seu DNA e a infame luva que não lhe serviu quando foi testada em tribunal.

A defesa, liderada por Johnnie Cochran, sugeriu que O.J. fora vítima de uma armação por polícias racistas, como o detetive Mark Fuhrman, que foi flagrado em gravações fazendo insultos raciais. O depoimento de Fuhrman e as falhas na coleta de provas ajudaram a defesa a argumentar que Simpson foi incriminado.

Em 3 de outubro de 1995, após apenas quatro horas de deliberação, o júri considerou Simpson inocente das acusações de homicídio. A decisão dividiu opiniões, levantando questionamentos sobre imparcialidade e racismo no sistema judicial.

As consequências do julgamento

Anos depois, em 1997, a família de Ron Goldman moveu um processo civil contra Simpson. O ex-jogador foi considerado responsável pelos assassinatos e condenado a pagar US$ 33,5 milhões em danos, quantia que gerou anos de disputas legais.

Em 2007, O.J. foi preso em Las Vegas por assalto à mão armada ao tentar recuperar objetos de memorabília. Ele foi condenado e passou nove anos na prisão, sendo libertado em 2017.

Já em 2024, O.J. Simpson faleceu aos 76 anos, vítima de um câncer de próstata. Pouco depois, o FBI divulgou centenas de páginas de documentos investigativos, detalhando evidências forenses do caso.

O documentário da Netflix

Procurados – EUA: O.J. Simpson revisita o caso com entrevistas exclusivas, trazendo novos depoimentos de pessoas envolvidas, como a irmã de Ron Goldman, Kim Goldman, o investigador Mark Fuhrman, a testemunha Kato Kaelin, os advogados Christopher Darden e Carl Douglas, entre outros.

A direção de Floyd Russ busca apresentar a história para uma nova geração e analisar o impacto cultural do julgamento, que continua a despertar discussão até hoje.

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