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Otaviano Costa recebe Eduardo Moscovis e Patricya Travassos no programa Otalab

Durante a participação os atores falaram sobre a peça que estão em cartaz ‘Duetos’ e muito mais

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Otaviano Costa recebe Eduardo Moscovis e Patricya Travassos no programa Otalab (Foto: Divulgação)
Otaviano Costa recebe Eduardo Moscovis e Patricya Travassos no programa Otalab (Foto: Divulgação)

O programa Otalab, que está há 3 anos no ar e é apresentado por Otaviano Costa, na internet, contou com a participação dos atores Eduardo Moscovis e Patricya Travassos, nesta terça-feira (20). Tudo isso dentro de um contêiner cenográfico, mais intimista, mais próximo do público.

Durante o bate-papo, o ator falou sobre sua saída da Globo. “Eu não renovei contrato na Globo e resolvi seguir uma carreira alternativa, de não ser contratado da Globo. Quando você pergunta agora, já consigo pensar sobre [fazer novelas]. Mas houve um momento em que eu não tinha condições emocionais de fazer novela”.

Em cartaz com Du Moscovis na peça ‘Duetos, A Comédia de Peter Quilter’, Patricya Travassos lembrou o começo da carreira. Na época, segundo ela, seu principal objetivo era estar no palco, e os convites que recebia para trabalhar na televisão não a atraíam. “A gente fazia sucesso no teatro, e a televisão procurava a gente para fazer novela. E a gente achava aquilo de quinta. Fazer novela? A gente achava cafona. Chique era fazer teatro”.

Du Moscovis diz sentir um movimento de retorno do público ao teatro e celebra a procura do público pela experiência que, segundo ele, aproxima artistas e espectadores. “A gente está falando muito sobre isso, sobre a volta do teatro. Está acontecendo um movimento de retorno que é muito bom. O teatro resgata os encontros e o ao vivo, o toque, o sentir junto. De exclusividade”.

Du Moscovis falou sobre o sucesso como Julião Petruchio em ‘O Cravo e a Rosa’, entre 2000 e 2001, tanto que já rendeu várias reprises. Du Moscovis contou que o folhetim seria bem mais curto do que foi. O interesse do público fez com que a trama fosse esticada. “Cravo e a Rosa era um projeto do horário das 6h, que era virada dos anos 2000, por ali, que a proposta era que o horário das 6h fosse mais curto, de 120 capítulos, mais ou menos. E aí a gente começou a fazer a novela, a novela foi agradando e passou para 140. Aí passou para 160, 180. E a gente chegou a 225 capítulos, se eu não me engano”.

Por fim, Du Moscovis criticou o avanço da extrema-direita e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro ao falar sobre seus maiores medos. “O que me deu mais medo recentemente foi o lugar que a gente estava em relação ao governo. Me parecia um lugar muito perigoso e uma realidade muito próxima. Parecia para mim uma coisa muito distante, uma coisa impensável, e ela se tornou realidade. E poderia ter virado uma realidade pior ainda, mais profunda, mais catastrófica pensando em um tempo para frente. A gente olhando para o mundo, com essa tendência de extrema-direita tão potente, tão forte, tanta gente conservadora, tanto na ideologia, mas também se atrelando à religião, de uma forma completamente equivocada, ao meu ver, isso me deixou muito receoso do que seria da gente e o que seria das gerações que vêm a partir disso”, concluiu.

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