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O cinema está morrendo? Descubra a verdade por trás da queda de público

A guerra silenciosa entre cinemas e streaming – quem sairá vencedor?

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O cinema está morrendo? Descubra a verdade por trás da queda de público
Grupo de pessoas no cinema - Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Desde o fim da pandemia de COVID-19, a indústria cinematográfica tem lidado com desafios sem precedentes, especialmente no que diz respeito ao retorno do público às salas de cinema. A pandemia não apenas alterou temporariamente os hábitos de consumo, como também catalisou uma mudança duradoura na forma como as pessoas assistem a filmes.

Dados dos Estados Unidos apontam que 65% das pessoas preferem a comodidade do lar para consumir filmes, refletindo uma tendência global. No Brasil, por exemplo, a frequência aos cinemas sofreu uma queda de 34% em comparação a 2019.

O avanço das plataformas de streaming tem desempenhado um papel crucial nessa transformação. Além de representarem conveniência, oferecem um grande acervo de conteúdo que está disponível a qualquer momento. Dessa forma, o público se torna mais seletivo e o simples ato de assistir a um filme no cinema exige justificativas além da qualidade cinematográfica, como a experiência completa proporcionada por uma sala de cinema.

Como as salas de cinema estão se reinventando?

Em resposta à popularidade crescente do streaming, as grandes redes de cinema têm investido na melhoria da experiência do espectador. A proposta é tornar a ida ao cinema um evento que vá além do filme, com foco em oferecer um ambiente premium e diversificado. As melhorias incluem desde o conforto dos assentos até a oferta de serviços exclusivos, como refeições gourmet e lanches temáticos que funcionam como itens de colecionador.

Além disso, a dependência de grandes produções para movimentar público tem sido uma estratégia vital. Com menos filmes sendo lançados diretamente para os cinemas, títulos como “Barbie“, “Oppenheimer” e “Divertida Mente 2” se tornam essenciais para atrair audiências. O objetivo é transformar o cinema em um evento que não se pode replicar em casa.

O cinema está morrendo? Descubra a verdade por trás da queda de público
Sala de cinema vazia – Créditos: depositphotos.com / snvv

Quais são as novas estratégias para atrair o público?

  • Eventos Especiais e Exibições Exclusivas: Cinemas têm investido em sessões especiais, que incluem pré-estreias, sessões de filmes clássicos e eventos temáticos. Sessões interativas, onde diretores ou membros do elenco participam, também são experiências únicas que só podem ser vividas no ambiente do cinema.
  • Parcerias com Estúdios e Plataformas de Streaming: Uma nova abordagem envolve parcerias para exibir filmes originais de streaming. Assim, cinemas podem oferecer experiências exclusivas que integrem as duas plataformas.
  • Foco em Mercados de Nicho: Cinemas menores têm achado seu nicho ao exibir filmes de arte, documentários e produções estrangeiras, que geralmente não recebem tanto destaque nas grandes plataformas de streaming.
  • Investimento em Experiências Tecnológicas: Tecnologias como IMAX, 3D e 4DX, além de som de alta qualidade, oferecem ao público um diferencial que é difícil de replicar em casa. A possibilidade de experiências imersivas com realidade virtual também é um caminho promissor.

Cinema e streaming: competição ou complemento?

O dilema entre escolher cinema ou streaming destaca uma transformação nas preferências do público, mas não necessariamente significa o fim das salas de exibição. Com a capacidade de se adaptar e oferecer experiências únicas, os cinemas têm a possibilidade de se tornarem destinos de entretenimento que complementam a conveniência do streaming.

Ao focar em experiências que o streaming não oferece, as salas de cinema têm uma oportunidade de se reinventar e continuar sendo relevantes no mercado de entretenimento. A chave está na inovação e na exploração de novos modelos de negócios que possam coexistir com as plataformas digitais, elevando a experiência do espectador a um nível exclusivo e atrativo.

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