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Novo filme da Netflix sobre Virgem Maria, mãe de Jesus, é alvo de críticas
'Profundamente ofensivo': entenda por que o filme sobre Maria, mãe de Jesus, da Netflix, está sendo duramente criticado pelo públicoO novo filme da Netflix, Mary (ou Virgem Maria no Brasil), tem gerado grande polêmica desde sua estreia na sexta-feira (6), sendo alvo de críticas por diversos internautas. O principal ponto de discórdia está na escolha do elenco, que conta com atores israelenses como Noa Cohen (no papel de Maria), Ido Tako, Ori Pfeffer, Mili Avital, Keren Tzur e Hilla Vidor.
A decisão se tornou controversa diante do cenário de conflito entre Israel e Palestina, com muitos questionando a sensibilidade da escolha em um momento de intensas tensões na região. Jesus Cristo, do ponto de vista histórico, foi um profeta judeu que viveu na Palestina.
Nas redes sociais, a reação foi imediata. Um usuário no X (antigo Twitter) afirmou: “Escalar uma atriz israelense para interpretar Maria, a mãe de Jesus, enquanto Israel está bombardeando a terra natal de Jesus e destruindo igrejas, é profundamente ofensivo.” Outro comentário fez referência à situação dos cristãos palestinos, destacando a problemática de uma atriz israelense interpretar Maria enquanto as comunidades palestinas são atacadas e patrimônios históricos são destruídos.
Essas críticas se intensificam ao considerar os dados alarmantes de um relatório da ONU Mulheres, que aponta que mais de 40 mil palestinos perderam a vida nos confrontos desde outubro de 2023, com a grande maioria das vítimas sendo mulheres e crianças.
O que diz o diretor do filme?
Em entrevista à Entertainment Weekly, o diretor DJ Caruso disse que Mary foi feito para retratar o amadurecimento de Maria, destacando sua força, inteligência e superação de desafios, como o estigma social, a perseguição de um rei ciumento e o peso de um destino que mudaria o curso da história.
Ele ainda falou sobre a escolha de Noa Cohen para o papel de Maria: “Quando começamos este projeto, imediatamente iniciei uma busca por Mary. Era importante para nós que Mary, junto com a maioria do nosso elenco principal, fosse selecionada de Israel para garantir a autenticidade. Fizemos o teste com cerca de 75 jovens mulheres e, em algum lugar no meio desse processo, Noa se destacou. Desde o momento em que testemunhamos sua primeira audição fria, sabíamos que ela era a única”, afirmou.
“Mais tarde, nos encontramos e tivemos conversas profundas sobre como ela poderia incorporar a personagem, e conforme trabalhamos em várias cenas juntos, ficou claro que havíamos encontrado nossa Mary. Noa tem uma mistura única de graça e presença que é impressionante, mas ela continua acessível, capaz de acessar o núcleo emocional profundo da personagem de Mary. Sua habilidade de transmitir vulnerabilidade e força era exatamente o que precisávamos para esse papel”, acrescentou.
A trama, baseada em textos bíblicos, conta com Anthony Hopkins no papel do Rei Herodes e aborda o famoso decreto de Herodes para eliminar os meninos nascidos em Belém, com Maria ocupando uma posição central nesse momento dramático.
Confira o trailer do filme sobre Maria: