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Capital Fluminense

MV Bill participa de conversa sobre a realidade das cidades e suas comunidades

Jovens rappers encantaram os visitantes da GLOCAL Experience

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MV Bill participa de conversa sobre realidade das comunidades
(Foto: Paulo Whitaker/Reprodução)

O cantor MV Bill participou de uma conversa com Rafaela Pinah, fundadora do CoolHunter Favela, um laboratório de pesquisa etnográfica que identifica e decodifica a origem de manifestações estéticas e culturais das periferias ao redor do mundo, e Clariza Rosa, da SILVA Produtora, agência de casting, produtora e consultoria que nasceu na periferia e atua com foco na diversidade e pluralidade. Ele também “abençoou” a Mc Camila Red, que venceu o campeonato de rap do evento.

A conversa focou em questões sobre a democracia e diversidade das cidades, e como é a realidade dentro das comunidades, o que é realidade e como muitos imaginam esses espaços. MV Bill questionou como é a luta para mostrar as coisas boas que existem dentro das comunidades, já que em geral aparecem muitas notícias ruins.

“No Jacaré, onde começou o projeto Silva, sempre foi importante mostrar que a comunidade também é moda, também é cultura, também é criatividade. Muitos movimentos, mas o mais importante é quebrar a ideia do que as pessoas passam sobre a periferia. A gente está acostumado a ver um clipe, por exemplo, gravado na periferia com foco nos fios da favela, balas de tiro, casas inacabadas, criança correndo sem sapato… A favela também é isso, mas não só isso”, rebateu Clariza Rosa.

Para Rafaela, Bill questionou sobre o preconceito que sofre uma travesti preta e empresária.

“Rico Dalasam fala uma frase muito interessante: Orgulho vem depois da Vergonha. Primeiro eu tive muita vergonha de ser uma travesti em Realengo. Depois, muito orgulho. Comecei a reparar no comportamento das favelas e ver por outro contexto.”, Rafaela Pinah, fundadora do Coolhunter Favela.

“Eu sempre mostro primeiro quem eu sou para depois mostrar o que eu quero. Assim vou catequizando toda a comunidade para começar a mudar esse preconceito”, complementa Rafaela ao responder Bill sobre o preconceito de ser uma travesti preta empresária.