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Longyearbyen: A cidade onde a morte é proibida
Por que Longyearbyen proíbe nascimentos e enterros?A cidade de Longyearbyen, localizada no arquipélago de Svalbard, Noruega, apresenta uma peculiaridade: ninguém pode nascer ou ser enterrado lá. Essa prática incomum surgiu devido a razões históricas e de saúde pública que intrigam tanto moradores quanto visitantes.
Composta por cerca de 2 mil habitantes, Longyearbyen enfrenta condições climáticas extremas, incluindo escuridão contínua no inverno e a presença constante de ursos polares. No entanto, o que realmente levanta questões é a impossibilidade de “descansar para sempre” nesse lugar.
Qual é a História por Trás da Proibição de Enterros?
A decisão de proibir enterros em Longyearbyen remonta a 1950, após uma descoberta alarmante. Corpos de pessoas falecidas durante a pandemia de gripe espanhola, entre 1917 e 1918, foram encontrados intactos devido ao solo permanentemente congelado. Isso suscitou preocupações sobre a possibilidade de o vírus ainda estar ativo e representar um risco para a população atual.
Para mitigar este perigo potencial, as autoridades decidiram impedir novos enterros no cemitério local. Apesar de ser possível enterrar urnas de cremação, essa prática é raramente adotada, levando as pessoas a deixarem a ilha quando se aproximam do fim da vida.
Como a Proibição Afeta a Vida na Cidade?
A imposição dessa regra resulta em mudanças significativas nas práticas de saúde locais. Embora Longyearbyen possua um hospital, ele carece de recursos para atender a emergências graves. Por isso, pacientes com condições médicas críticas são frequentemente transportados para o continente norueguês via voo de ambulância.
Além disso, grávidas precisam abandonar a ilha cerca de um mês antes da data prevista para o parto, seguindo protocolos de segurança das companhias aéreas. Essa antecipação garante que elas tenham acesso a cuidados de saúde adequados durante o nascimento, evitando assim complicações potenciais.
O que Mais Atrai Pessoas a Longyearbyen?
Apesar das restrições e condições adversas, Longyearbyen continua a ser um destino atrativo para turistas. A chance de observar a aurora boreal faz com que muitos aventureiros superem os desafios do clima e da localização isolada. Outra peculiaridade é a presença de quase mil ursos polares, representando tanto uma atração quanto um risco para os visitantes.
A cidade vive em um estado peculiar de luz solar: passa quatro meses de inverno em escuridão total e quase três meses de verão com luz constante. Este ciclo incomum de luz natural desperta a curiosidade de muitos pelo modo de vida dos residentes locais e pela adaptação a um ambiente tão singular.