Influenciadoras trans falam sobre inclusão na Lei Maria da Penha: ‘Luto por um Brasil de oportunidades’

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade que a Lei Maria da Penha deve ser aplicada aos casos de violência doméstica ou familiar contra mulheres transexuais. O entendimento é de que a incidência da lei é baseada no gênero e não no sexo biológico. A decisão foi tomada após uma transexual entrar com pedido de medida protetiva contra o pai, que a agredia na residência da família.

As influenciadoras transexuais, Vitoria Guarizo e Suellen Carey comemoraram a decisão e relataram que tinha passado da hora, para tal decisão ser aprovada no senado. “Demorou, já era hora de valer essa lei para nós mulheres trans e travestis, somos violentadas todos os dias e não temos quem nos proteja. O mínimo seria a justiça ter reconhecido isso e nos dar o direito de ser protegida igual todas as outras mulheres. Só queremos ter o direito de poder brigar por nós mesmas perante as leis”, disse Suellen Carey.

“Foi aprovada pelo Senado a proposta que prevê proteção prevista na lei Maria da Penha às mulheres transgêneros e transexuais. O Brasil é o país com maior índice de violência contra nós mulheres transgêneros e transexuais e, por isso, é necessário preservar e proteger os nossos direitos. Eu apoio essa causa e luto por um Brasil de oportunidades para todos e todas, sem discriminação e violência”, disse Vitoria Guarizo.

“A Lei Maria da Penha foi uma grande conquista em prol das mulheres vítimas de agressão, mas ainda é preciso mais! Mais engajamento de todos os cidadãos quebrando o “tabu” de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, comemorou, a Influencer trans Vitória Guarizo.

“Uma ótima notícia que vem somar ao enfrentamento desta mazela social e possibilitar mais esperança às mulheres e o rompimento deste silêncio angustiante e as vezes mortal”, finalizou a influenciadora.