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Inteligência artificial (IA) vai destruir o mercado audiovisual ou transforma-lo?

Ferramentas de IA que estão mudando radicalmente a produção audiovisual

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Inteligência artificial vai destruir o mercado audiovisual ou transforma-lo?
Ilustração de IA - Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

O setor audiovisual, uma interseção entre arte e tecnologia, vem experimentando transformações significativas com a introdução da inteligência artificial (IA). Este avanço tecnológico levanta questões sobre direitos autorais, ética e a própria evolução da mídia. Ferramentas de IA podem alterar a maneira como as obras são executadas e distribuídas, o que, por sua vez, pode modificar o tempo necessário para concluir projetos.

As novas tecnologias não apenas simplificam processos, mas também podem alterar significativamente a logística de produção. Desde pequenas produções até grandes projetos, a IA está se integrando gradualmente ao fluxo de trabalho padrão, prometendo agilizar processos criativos e técnicos.

Como as ferramentas de IA estão transformando o mercado?

Os avanços em softwares como os da Adobe têm mostrado o potencial da IA no setor audiovisual. Projectos como o Firefly e o Fast estão revolucionando a forma como vídeos são editados, incluindo a possibilidade de edição de vídeos por texto no Adobe Premiere Pro. Este progresso torna a ferramenta mais acessível a usuários inexperientes.

Além disso, a IA já é usada em funcionalidades como o Scene Edit Detection, que sugere cortes em vídeos, e o Roto Brush, que auxilia na criação de composições. O Remix permite ajustar automaticamente a duração de trilhas sonoras, economizando tempo dos editores. Outro recurso é a transcrição automática, facilitando a criação de legendas e melhorando a acessibilidade das produções.

Quais são as aplicações práticas da IA no desenvolvimento de projetos?

Diferentes ferramentas de IA estão disponíveis para cineastas e videomakers, como o Topaz, que melhora a qualidade de imagens de baixa resolução, e o Colourlab.ai, especializado em correção de cor. No domínio da geração de imagens, serviços como Midjourney, DALL-E, e Runway Studio oferecem soluções criativas, gerando fundos e imagens para produções de baixo custo.

Essas ferramentas também contribuem em pitchings, onde imagens geradas por IA podem ser usadas para dar identidade visual a projetos antes que uma equipe artística seja contratada. Plataformas como Kive empregam IA para buscar cenas específicas usando descrições de texto.

Inteligência artificial vai destruir o mercado audiovisual ou transforma-lo?
Ilustração Inteligência Artificial – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Quais são as barreiras éticas e promessas futuras?

O software Wonder Studios AI de Wonder Dynamics exemplifica o potencial da IA em efeitos especiais, permitindo substituir atores por modelos 3D. Este avanço, embora promissor, levanta preocupações éticas. A presença de diretores renomados nesse projeto atesta a relevância das novas tecnologias no futuro do cinema.

Contudo, a integração da IA no processo criativo enfrenta resistência de profissionais cientes dos riscos associados ao uso indiscriminado dessas ferramentas. As recentes greves em Hollywood refletem esse receio, com atores preocupados sobre o uso de suas imagens e roteiristas alertando sobre o impacto na originalidade narrativa.

A adaptação do setor audiovisual brasileiro

No Brasil, a produtora O2 Filmes tem explorado novas tecnologias através de um grupo de pesquisa dedicado. Esse grupo está desenvolvendo um modelo de IA específico para a leitura e decupagem técnica de roteiros, auxiliando em estimativas de produção e pós-produção.

A adoção de IA no Brasil reflete um movimento global em direção à tecnologia, com um potencial impacto na seleção de profissionais pelas produtoras. Contudo, essas mudanças trazem desafios éticos e profissionais que exigem uma abordagem equilibrada para assegurar que a tecnologia complemente, em vez de substituir, o trabalho humano criativo.

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