Entretenimento
Filme dirigido por David Yates em 2016 é um dos mais assistidos da Max
Uma das histórias mais conhecidas, ganhou uma nova versão
Em 2016, o diretor David Yates, conhecido por seu trabalho na saga Harry Potter, trouxe às telas uma nova visão do clássico personagem de Edgar Rice Burroughs com o filme A Lenda de Tarzan. A produção, estrelada por Alexander Skarsgård como Tarzan, Margot Robbie como Jane Porter e Christoph Waltz como o vilão Capitão Rom, buscou equilibrar ação, romance e crítica social em uma narrativa ambientada na década de 1890.
Na trama, anos após deixar a selva e assumir sua identidade como John Clayton III, Lorde Greystoke, Tarzan retorna ao Congo a pedido do Parlamento Britânico. O que deveria ser uma missão diplomática se transforma em uma armadilha mortal, arquitetada pelo ganancioso Capitão Rom, que visa explorar os recursos naturais da região. A história também aborda temas como escravidão e colonialismo, introduzindo o personagem George Washington Williams, interpretado por Samuel L. Jackson, que investiga crimes contra a humanidade na África.
LEIA MAIS: “Hannah Montana: O filme” retorna às telas do cinema com ingressos a R$12;
Com um orçamento de aproximadamente US$ 180 milhões, o filme arrecadou cerca de US$ 356,7 milhões mundialmente. Apesar de números expressivos, analistas apontaram que o retorno financeiro não foi suficiente para justificar uma sequência, considerando os altos custos de produção e marketing. No Brasil, A Lenda de Tarzan teve uma recepção calorosa, liderando as bilheteiras nas duas primeiras semanas, com mais de 1,6 milhão de espectadores e uma arrecadação superior a R$ 18 milhões.
A crítica especializada teve opiniões divididas. Enquanto alguns elogiaram os efeitos visuais e a atuação física de Skarsgård, outros criticaram a falta de profundidade no roteiro e o desenvolvimento superficial dos personagens secundários. Margot Robbie, por exemplo, teve sua personagem Jane Porter vista como subaproveitada, limitada a um papel de “donzela em perigo”, apesar dos esforços da atriz para conferir mais autonomia à personagem.
Visualmente impressionante, A Lenda de Tarzan oferece cenas de ação bem coreografadas e uma ambientação rica, mas peca por não aprofundar as complexidades do protagonista e por abordar de forma rasa temas sociais relevantes. Ainda assim, representa uma tentativa de modernizar um ícone clássico, adaptando-o aos debates contemporâneos sobre identidade, pertencimento e justiça.