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Fábio Porchat apoia projeto ‘Negro Muro’, que espalha verdadeiras obras de arte que enaltecem personalidades pretas e pretos

Ator conheceu o projeto quando o trio teve a ideia de pintar uma homenagem ao goleiro Barbosa, em um muro de São Januário, no clube do Vasco da Gama, na Zona Norte da cidade

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Fábio Porchat apoia projeto 'Negro Muro', que espalha verdadeiras obras de arte que enaltecem personalidades pretas e pretos
Fábio Porchat apoia projeto 'Negro Muro', que espalha verdadeiras obras de arte que enaltecem personalidades pretas e pretos

Nem só de ouvinte de boas histórias e arte, vive Fábio Porchat. O carioca, prestes a completar 39 anos no próximo dia 1º de julho, quando estreia “Histórias do Porchat”, no Teatro CasaGrande, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, também se dedica às atividades que mostram o exercício de sua empatia, cidadania, reconhecimento e solidariedade.

Um dos projetos que têm enchido Porchat de orgulho é o “NegroMuro”, assinado pelo trio Cazé, artista plástico; Rajão, produtor e pesquisador; e o historiador Rhuan Gonçalves, cariocas apaixonados pela história – conhecida e desconhecida – de expoentes pretos e pretas presentes na cultura nacional e internacional.

Porchat conheceu o “NegroMuro” quando o trio teve a ideia de pintar uma homenagem ao goleiro Barbosa, em um muro de São Januário, no clube do Vasco da Gama, na zona norte do Rio. O humorista tomou conhecimento da “vaquinha” para promover a arte, resolveu participar e conhecer melhor o projeto.

A partir daí, Fábio firmou uma parceria de apoio às pinturas de outros nomes pretos e pretas por locais da cidade, com o intuito de viabilizar o acesso de grandes empresas e outros possíveis apoiadores, ao “NegroMuro”, que já tem 35 espaços pelo Rio de Janeiro. Porchat esteve no apoio das artes criadas para Luiz Gonzaga, Madame Satã, Elizeth Cardoso, Lima Barreto e Leila Gonzalez.

Paulinho da Viola foi um recente nome homenageado pelo “NegroMuro” com Fábio Porchat. A arte chama a atenção em paredão nas esquinas das ruas Conde de Irajá e Pinheiro Guimarães, em Botafogo. Nesta última, Paulinho passou boa parte de sua infância e adolescência. O cantor e compositor ficou feliz e emocionado com o auto retrato, quando esteve por lá, há algumas semanas.

Nesta sexta-feira (17), Porchat esteve no local e acompanhou de perto o cuidadoso trabalho do trio responsável pelo “NegroMuro” na esquina de Botafogo. “O Rio de Janeiro não é só a Cidade Maravilhosa pelas suas belezas naturais. Também tem esse título por quem aqui viveu, quem aqui vive e fez com que esse lugar florescesse efervescesse”, explica Porchat. Para ele, é preciso parar de embranquecer tudo. “Quanto mais “NegroMuro”, mais nos conectamos com a nossa essência”, acredita.

Rajão, produtor e pesquisador, classifica como dois troféus do projeto, o momento em que Elza Soares (retratada em Água Santa, zona oeste do Rio de Janeiro) e Paulinho da Viola, conheceram as homenagens feitas pelo “NegroMuro”. “Quando conseguimos homenagear os nossos em vida, isso concretiza o objetivo do projeto, que é de memória. Mas torna-se mais importante quando mostrar essas artes retratadas para essas pessoas ainda vivas”, ressalta. Já o artista plástico Cazé, dividiu um momento mágico, durante a criação do muro em homenagem à cantora Clementina de Jesus: “Escolhemos um muro ao lado da casa onde ela morou. No dia, a neta dela se colocou próxima e cantou naquele momento. Foi único. A voz dela é muito parecida com a de sua avó. Foi de chorar, de se emocionar”.

Porchat avisa para cariocas, turistas e empresários ficarem atentos. “Sempre que você estiver andando pelo Rio e encontrar um “NegroMuro”, saiba que é um projeto sério e precisa da sua ajuda. Eu ajudo isso a acontecer, mas queremos que mais pessoas e empresas venham colorir juntos essa cidade e deixá-la ainda mais maravilhosa”.