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Espetáculo ‘O pequeno herói preto’ estreia no Sesc Tijuca, na Zona Norte do Rio

Após estreia virtual, montagem infanto-juvenil idealizada e interpretada por Junior Dantas aporta no teatro com novidades, valorizando aspectos da cultura negra e heróis da vida real

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Espetáculo ‘O pequeno herói preto’ estreia no Sesc Tijuca, Zona Norte do Rio
Espetáculo ‘O pequeno herói preto’ estreia no Sesc Tijuca, Zona Norte do Rio (Foto: Rodrigo Menezes)
Espetáculo ‘O pequeno herói preto’ estreia no Sesc Tijuca, Zona Norte do Rio

Espetáculo ‘O pequeno herói preto’ estreia no Sesc Tijuca, Zona Norte do Rio (Foto: Rodrigo Menezes)

Representatividade importa. A frase que tem se repetido ultimamente reforça a criação do espetáculo inédito “O Pequeno Herói Preto”, que estreia sua primeira temporada presencial no dia 02 de outubro no Teatro Sesc Tijuca. Contando a aventura de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes através de sua família, o solo infanto-juvenil estreia com sessões duplas, aos sábados e domingos, sempre às 11h e 16h. Interpretado por Junior Dantas, que assina o texto com Cristina Moura – responsável também pela direção ao lado de Luiza Loroza, depois da curta temporada virtual de abertura, o espetáculo estreia no teatro com novidades e pequenas alterações.

“É uma grande emoção voltar aos palcos de um teatro. Quando recebi o convite do SESC para realizar esta temporada nem acreditei! A temporada virtual que apresentamos foi pensada para o audiovisual; agora estreamos no teatro apresentando outras formas de contar a história. Estou feliz com a retomada e animado para apresentar a peça no palco”, entusiasma-se Junior, para quem representar um super-herói neste momento é muito significativo.

Na trama, Super Nagô usa os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor, apresentando nossa história, cultura e ancestralidade às crianças ainda na primeira infância. Em estilo de autoficção, a peça reforça a ideia de que todos temos poderes apresentando heróis e heroínas reais que, com gestos simples, alteram para melhor o seu entorno – além de muitas referências do conceito e do olhar afrofuturista, conceito que interliga a cultura africana à ficção científica.

“Nos meus projetos, sinto vontade de falar de coisas que vivi e, com o tempo, comecei a perceber que sou de uma família de super-heróis e heroínas, cada um com seu jeito e seus poderes. Minha avó fazia comidas maravilhosas e a ela associo o poder do fogo; minha mãe estava sempre limpando, lavando e trabalhando para criar os três filhos, então a ela associo o poder da água; ao meu avô, a terra e ao meu pai, o ar. É uma forma de sempre levar comigo a energia da minha cidade, família e amigos, tudo misturado a uma boa dose de ficção”, revela Junior.

As músicas originais foram compostas por Muato, que também assina a direção e produção musical. “O espetáculo é lúdico, poético, colorido, com um personagem alto astral, uma ótima história e músicas para todo mundo ficar cantando durante e depois da peça”, aposta Junior. As músicas, aliás, serão lançadas nas plataformas digitais, assim como clipes musicais serão desenvolvidos.

De olho na geração que já nasceu em conexão digital, a montagem apresenta cenário de Cachalote Mattos composto por luzes de LED e armações móveis, que vão mudando de formato de acordo com a cena. “Tudo é muito contemporâneo: do figurino aos temas abordados, passando pelos recursos musicais que ajudam a contar a história. Numa cena sobre heróis e heroínas, por exemplo, a canção é uma atração à parte”, adianta Junior sobre a cena com personagens históricos como Dragão do Mar, Tereza de Benguela, Benjamin de Oliveira e Tia Ciata.

Outros personagens reais, como Gilberto Gil, Elza Soares e Conceição Evaristo, além dos fictícios Lanterna Verde e Pantera Negra, também entram como heróis homenageados. “O poder deles é transformar a vida das pessoas através da arte. É muito importante que isso vire assunto em casa, na escola e na roda de amigos. Eu não tive personagens com os quais eu me identificasse e me sentisse representado quando pequeno. Com certeza, estas crianças vão crescer mais empoderadas e acreditando no seu potencial. Com este trabalho, eu volto a ser criança. Aprendo e me divirto o tempo todo”, encerra Junior.

O Teatro Sesc fica na Rua Barão de Mesquita, nº 539, Tijuca, Zona Norte do Rio.

Ingressos:

PCD – Grátis

R$ 2 (Habilitados SESC)

R$ 5 (Meia entrada)

R$ 10 (inteira)