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Entenda por que Campinas é mais propensa a ilhas de calor

Urbanização e calor: os desafios de Campinas frente às ilhas de calor.

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Uma vista da cidade de Campinas (Créditos: milleni.photocanva)

Campinas, uma das cidades mais influentes do interior paulista, está lidando com um fenômeno ambiental preocupante: as ilhas de calor. Este fenômeno ocorre quando áreas urbanas se tornam significativamente mais quentes do que suas áreas rurais circundantes. Isso é causado principalmente pela urbanização, que substitui a vegetação natural por superfícies que absorvem calor, como concreto e asfalto. A plataforma UrbVerde destaca Campinas como uma das cidades mais vulneráveis a esse fenômeno no estado de São Paulo.

A UrbVerde é uma ferramenta que analisa diversos fatores, incluindo temperatura, cobertura vegetal e dados sociais, para identificar áreas urbanas críticas. Ela fornece uma visão abrangente da vulnerabilidade das populações, especialmente aquelas mais sensíveis, como crianças e idosos, que estão expostas a condições climáticas extremas.

Impactos das ilhas de calor na população de Campinas

Em 2025, um estudo revelou que Campinas possui várias áreas com temperaturas elevadas. A temperatura média da superfície na cidade é de 30°C, podendo atingir picos de até 45°C. A diferença de temperatura entre as áreas mais quentes e mais frias pode chegar a 8°C. Este índice de calor extremo indica que a cidade enfrenta desafios significativos em termos de conforto térmico e saúde pública.

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Campinas, interior de SP – Créditos: depositphotos.com / PedroTruffi

Regiões como Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Jardim Santa Mônica são particularmente afetadas. Nessas áreas, a alta densidade populacional e a infraestrutura urbana contribuem para o aumento das temperaturas, impactando a qualidade de vida dos moradores.

Grupos mais afetados pelo calor extremo

O calor extremo afeta diferentes grupos de maneiras distintas. Em Campinas, mulheres, negros, indígenas, crianças e idosos são desproporcionalmente impactados. Esses grupos enfrentam maior vulnerabilidade devido a fatores socioeconômicos e de saúde, que são agravados pelas altas temperaturas, conforme apontado pela plataforma UrbVerde.

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Calor extremo -Créditos: depositphotos.com / jayzynism

Estratégias para reduzir os efeitos das ilhas de calor

Para enfrentar os desafios das ilhas de calor, é crucial implementar medidas que aumentem a cobertura vegetal e melhorem a infraestrutura urbana. Em 2021, a cobertura vegetal de Campinas era de 18,53%, mas a quantidade de áreas verdes por habitante ainda é insuficiente, o que destaca a necessidade de mais investimentos em espaços verdes.

  • Arborização Urbana: Plantar mais árvores nas áreas urbanas pode ajudar a reduzir as temperaturas e melhorar a qualidade do ar.
  • Criação de Espaços Verdes: Desenvolver mais parques e áreas verdes acessíveis pode oferecer refúgio durante os períodos de calor intenso.
  • Materiais de Construção Sustentáveis: Utilizar materiais que refletem o calor pode ajudar a diminuir as temperaturas nas áreas urbanas.

Embora Campinas enfrente desafios significativos com as ilhas de calor, a implementação de estratégias eficazes e a colaboração entre governo, comunidades e especialistas podem ajudar a criar um ambiente urbano mais sustentável e resiliente.

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