Diretor é preso por desviar R$ 62 milhões da Netflix para luxo e criptos

O diretor Carl Rinsch foi preso nesta quarta-feira (19) em Nova York, acusado de fraude e lavagem de dinheiro após desviar mais de R$ 62 milhões da Netflix. O valor seria destinado à produção da série de ficção científica Conquest.

De acordo com a plataforma, Rinsch usou o dinheiro para investir em criptomoedas, ações e adquirir artigos de luxo, como relógios e carros esportivos. Conhecido pelo filme 47 Ronin, estrelado por Keanu Reeves, o diretor vendeu o projeto White Horse — posteriormente rebatizado de Conquest — à Netflix em 2018, após uma disputa com Amazon, Max e Apple.

Recorrência de golpes em Hollywood

Segundo o promotor Matthew Podolsky, Rinsch teria arquitetado um esquema para desviar os recursos, solicitando um alto investimento da Netflix para uma série que jamais foi concluída. O caso evidencia a constante vigilância das autoridades diante de fraudes financeiras, especialmente em um setor onde cifras milionárias são comuns.

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Golpes desse tipo não são novidade em Hollywood. O financiamento de produções envolve transações complexas, e a promessa de novos filmes ou séries pode atrair vultosos investimentos — tornando o mercado um terreno fértil para fraudes. A prisão de Rinsch serve de alerta para produtores e investidores sobre a importância de uma gestão financeira rigorosa e transparente.

Processo à Netflix e consequências

Após o cancelamento da série, Rinsch ainda entrou com um processo contra a Netflix, exigindo uma indenização de US$ 14 milhões por quebra de contrato. No entanto, se for condenado por todas as acusações, poderá pegar até 90 anos de prisão.

As consequências vão além do risco de uma longa pena. A reputação de Rinsch no meio cinematográfico pode sofrer danos irreparáveis, dificultando sua atuação futura na indústria. O caso também tende a reforçar a cautela das plataformas de streaming e dos estúdios na hora de fechar acordos e monitorar o uso de seus investimentos.