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Deputado pede prisão de Anitta após protesto contra Bolsonaro
Parlamentar bolsonarista pediu que o STF prendesse a Poderosa após fãs dela xingarem o presidente durante um showO deputado estadual Filippe Poupel (PSL-RJ) usou as redes sociais para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) prendesse a cantora Anitta por difamação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
No último domingo (23), durante ensaio do bloco da Anitta no Rio de Janeiro, os fãs puxaram um coro de “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Em resposta, Anitta disse: “A voz do povo é a voz de Deus”. A cantora já fez diversas críticas contra o presidente, assim como também já foi atacada por ele e familiares.
?AGORA: Público gritando “EI BOLSONARO VAI TOMAR NO CU” no #EnsaiosDaAnitta pic.twitter.com/pWOZo08tqe
— CHOQUEI #BBB22 (@choquei) January 24, 2022
O deputado bolsonarista não gostou do posicionamento da cantora, e disse que ela deveria ser presa com base no Artigo 26 da Lei de Segurança Nacional, sobre calúnia ou difamação ao presidente da República. “Ora, a liberdade de expressão não possui limitação jurídica? A prática dessa difamação pública ao Presidente da República, incitando o ódio a milhares de pessoas, influenciada por ‘artista conhecida nacionalmente’ está previsto na Lei de Segurança Nacional, as provas são evidentes”, escreveu o parlamentar.
O que o deputado estadual não sabia é que o artigo da lei que ele citou foi revogado em setembro de 2021. A prerrogativa foi muito usada pelo governo federal para conter críticos ao presidente. O caso mais emblemático foi do youtuber Felipe Neto, intimado a depor por ter chamado o presidente de “genocida” em relação a condução da pandemia de covid-19.
Após a repercussão da postagem, o deputado Filippe Poupel editou o texto da publicação. “A LSN realmente foi revogada no final do ano passado, porém o Código Penal não. Esse nos traz, do art 138 ao 145, disposições acerca dos chamados crimes contra honra”, escreveu.
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Mesmo assim, Anitta ainda não pode ser presa pelo ato no show do Rio de Janeiro. A manifestação não se enquadraria na legislação, já que a cantora não emitiu opinião sobre o presidente, não o caluniou ou ofendeu a dignidade e decoro dele.