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[VÍDEO] Ao vivo, Datena faz discurso em defesa de Bonner e rebate declaração de Bolsonaro
"Não aceito o termo 'canalha' para a história da imprensa brasileira", declarou o apresentador do "Brasil Urgente"O apresentador José Luiz Datena saiu em defesa do colega de profissão William Bonner e criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido). Em um desabafo feito ao vivo na TV, durante a edição da última quinta-feira do “Brasil Urgente” da Band, Datena falou da importância do respeito à democracia e à imprensa por parte do chefe do Executivo.
“Pelos erros da esquerda, pela exposição das suas ideias, que muita gente concorda, pela imprensa que divulgou suas ideias, o senhor não pode ficar atacando a imprensa como o senhor ataca, respeite a democracia. Pense bem naquilo que o senhor fala, pois o que o senhor fala hoje tem que ser sustentado amanhã. Não adianta o senhor falar uma bobagem hoje e, no outro dia, colocar na boca da imprensa. Isso não cola mais. O que aconteceu nos Estados Unidos hoje não tem nada a ver com o Brasil”, declarou Datena, em referência a invasão do Capitólio por apoiadores do presidente estadunidense Donald Trump na quarta-feira (06).
Na sequência, o contrato da Band disparou sobre a declaração de Bolsonaro na qual chamou de “canalha” o âncora e editor-chefe do “Jornal Nacional” da TV Globo, William Bonner. “Não aceito o termo ‘canalha’ pra mim. E não aceito o termo ‘canalha’ para a história da imprensa brasileira. Se não fosse a imprensa brasileira, hoje não viveríamos num país democrático. Respeito minha profissão, respeito meus colegas de trabalho. Não sou canalha. Nenhum de nós pode chegar em casa e ser questionado por nossos filhos: ‘o senhor é canalha, papai?’ Eu não sou canalha, não aceito esse termo”, declarou.
A fala de Bolsonaro sobre Bonner ocorreu após o âncora imitar o presidente durante a edição da última quarta do “Jornal Nacional”. Em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, na manhã de quinta, o chefe de Estado não só usou o termo “canalha” como acusou o global de ser “sem vergonha”.
“Pessoal da imprensa, sem vergonha, William Bonner, sem vergonha, vai ter seringa para todo mundo. William Bonner, por que seu salário foi reduzido? Porque acabou a teta do governo. Vocês têm que criticar mesmo. Quase R$ 3 bilhões por ano para a imprensa e grande parte para vocês, acabou”, afirmou Bolsonaro, na ocasião.