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Boni revela bastidores da Globo e diz que que donos são anti-Bolsonaro

Ex-diretor da Globo também observa que, apesar da alta qualidade, o jornalismo da Globo parece inclinado para a esquerda

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Boni. Foto: Reprodução / Redes sociais

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, revelou detalhes sobre os bastidores da Globo durante uma entrevista com o Estadão. Ele contextualizou a sua opinião a partir do controverso debate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, transmitido pelo Jornal Nacional em 1989. Boni afirmou que a decisão de favorecer Collor foi pessoal de Roberto Marinho (1904-2003), que era simpatizante do político.

Atualmente, segundo Boni, a emissora “pende para a esquerda”, embora não concorde plenamente nem com os ideais de Lula nem com os de Jair Bolsonaro.

Em 1989, a Globo exibiu o debate entre Lula e Collor de forma editada, o que levou à percepção de um tratamento desigual entre os candidatos. A emissora reconheceu, posteriormente, que favoreceu Collor. Desde então, a Globo passou a transmitir entrevistas com candidatos ao vivo. Boni explicou que a decisão de editar o debate para beneficiar Collor foi tomada por Roberto Marinho e destacou que essa medida foi arriscada. Hoje, a emissora evita reedições em debates.

“O doutor Roberto nunca infiltrou nada na Globo a favor do Collor. A simpatia dele era pessoal. Ele não nos impôs essa simpatia, tanto que a Globo de hoje impede a edição de qualquer debate. Ou ele vai na íntegra ou vai apenas em tópicos. A reedição é perigosa”, admitiu Boni em entrevista ao Estadão.

Ele também observou que, apesar da alta qualidade, o jornalismo da Globo parece inclinado para a esquerda. “Acompanho o jornalismo da Globo, de altíssima qualidade, como acompanho o da Band, da Cultura, da CNN, da ABC… Mas a Redação da Globo, me parece, e falo como um mero espectador… Acho que o caminho da Globo é mais à esquerda. Ela foi tão pressionada pelo Collor que teve que festejar o Lula –que outrora tinha rejeitado”, acrescentou.

Apesar de a Globo afirmar manter uma postura imparcial em suas apurações jornalísticas, Boni destacou que o equilíbrio da emissora tende a ser mais crítico a Bolsonaro do que favorável a Lula. “O pessoal é muito anti-Bolsonaro. Não é nem a favor do Lula. Eu não conheço ninguém na direção da TV Globo que seja politicamente partidário do PT, nem do Lula. Mas sei que todo mundo tem uma resistência muito grande ao Bolsonaro”, declarou.

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