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Apresentadora repreende participante de reality show que teve fala racista: ‘beijou até preta, mano’

Na reunião, Ana Clara falou sobre o que aconteceu e repreendeu o participante

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Reprodução/redes sociais

A apresentadora do reality show “Túnel do Amor”, Ana Clara, precisou repreender um participante do programa devido a uma fala racista no episódio que foi ao ar na última quinta-feira (11). O ato aconteceu em uma roda de conversa quando Vinícius ficou chocado por outro rapaz ter beijado a participante Vick.

“Não é o perfil dele: preta. Caralh* beijou até preta, mano. Então, o moleque está realmente envolvido”, disse Vini. Pâmella, amiga de Vick que também é negra, se sentiu ofendida com a fala do participante. Ela saiu do local imediatamente e caiu no choro no quarto. Vini foi até ela tentar amenizar a situação.

“O que foi que aconteceu, meu amor?”, questionou Vini. “A gente está vivendo uma realidade aqui dentro, que também é uma realidade lá fora. Escutar umas coisas que doem para caralh*”, disse Pâmella. “Eu senti que você ficou meio chateada com a minha fala, agora eu vou te falar o meu ponto de vista. Se permitir ficar com uma mulher que não é o perfil dele, não quer dizer que é um preconceito ou algo do tipo”, afirmou o rapaz.

Na reunião com os participantes, Ana Clara falou sobre o que aconteceu e repreendeu o Vinícius. “Tem um assunto que tem repercutido entre vocês, que mexeu em feridas muito individuais. Então, não tem como a gente não falar sobre isso hoje. Eu tenho certeza que vocês estão vivendo aqui dentro uma experiência única, e tem questões que a gente não pode ignorar na vida. Nem aqui dentro do experimento, nem em lugar nenhum. Quando a gente fala de respeito, parece muito óbvio que tem que existir respeito. Mas, especialmente com um elenco tão diverso quanto o que a gente tem aqui, esse discurso não pode ser vazio”, começou.

“Então, esse papo de ‘ai, meu gosto é assim’ faz muita gente pensar como é que são criados os tipos. Será que a gente nasce e olha para um tipo de pessoa, com uma cor de pele, com um tipo de cabelo, um corpo e fala ‘meu tipo’? Ou será que a gente vai construindo isso ao longo da vida, com aquilo que a gente vê na televisão, papeis de destaque em revistas, nas redes sociais?”, prosseguiu.

“A situação que vocês viveram aqui deve fazer a gente pensar se realmente a gente tem um gosto, nossas preferências, ou se a gente é cheio de preconceitos, de racismo, gordofobia, quem impedem a gente de ver beleza, de se apaixonar, de amar mais tipos diferentes de pessoas. Essa revisão de atitude precisa ser feita por todo mundo, porque muito provavelmente a forma com que a gente faz as escolhas aqui dentro reflete em como a gente faz lá fora”, finalizou.

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