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Ainda Estou Aqui vence o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-americano
Diretor não esteve na cerimônia, e Jorge Drexler recebeu a estatueta em seu nome![Walter Salles olha para alguém enquanto fala Walter Salles olha para alguém enquanto fala](https://www.tupi.fm/wp-content/uploads/2025/01/1_mv5bn2ewztbinwmtntfmzc00n2zlltllmzatytczndqxmzeyodaxxkeyxkfqcgc___v1_-42370179.jpg)
O filme Ainda Estou Aqui fez história ao vencer o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-americano na noite deste sábado (8). Esta foi a primeira vez que um longa brasileiro recebeu uma indicação ao prestigiado prêmio do cinema espanhol. A cerimônia aconteceu na noite deste sábado (8), em Granada, na Espanha.
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Walter Salles, diretor da produção, não pôde comparecer à cerimônia, mas teve sua vitória representada por Jorge Drexler. O cantor uruguaio, que já trabalhou com Salles em Diários de Motocicleta (2005), leu um discurso no qual o cineasta dedicou a conquista ao cinema brasileiro, à família de Eunice Paiva e às atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.
Em sua mensagem, Salles ressaltou a importância da memória histórica e cultural para a cinematografia brasileira e ibero-americana. Ele também homenageou grandes cineastas que marcaram sua formação, como Luis Buñuel e Pedro Almodóvar.
Confira a mensagem na íntegra:
“Estou profundamente agradecido à Academia e a todos os acadêmicos por esta grande honra. Este prêmio é muito especial para nós, e não apenas por ser a primeira vez que um filme brasileiro é indicado. É uma grande honra pelo respeito e admiração que tenho pela cultura ibero-americana como um todo, assim como pela cinematografia espanhola, desde Buñuel, e por muitos cineastas que influenciaram minha formação.
O fato de Jorge nos representar neste momento reforça ainda mais minha emoção. Continuamos na mesma margem do rio.
Ainda Estou Aqui é um filme sobre a memória de uma família durante a longa noite da ditadura militar no Brasil, que se entrelaça com a memória do meu país. Gostaria de dedicar este prêmio ao cinema brasileiro como um todo, a Eunice Paiva, Marcelo Rubens Paiva e toda a sua família, a Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.
E, como estamos falando de memória, gostaria de agradecer aos grandes cineastas que nos deram o presente de nos apaixonarmos pela extraordinária atriz que foi Marisa Paredes. Entre eles, os mestres Pedro Almodóvar, Fernando Trueba e Arturo Ripstein.
Obrigado a todos e muito obrigado, Granada!”
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