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Ainda Estou Aqui usou a Lei Rouanet? Bolsonaro critica o premiado filme

Ex-presidente mandou indireta nas redes sociais

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Ainda Estou Aqui usou a Lei Rouanet Bolsonaro faz críticas ao filme premiado

A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, por sua atuação em Ainda Estou Aqui, gerou reações controversas, incluindo uma crítica velada do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem mencionar diretamente Torres ou o filme dirigido por Walter Salles, Bolsonaro usou suas redes sociais para insinuar que o governo atual prioriza a Lei Rouanet em detrimento de investimentos em infraestrutura.

“O investimento em infraestrutura é rechaçado pela gestão Lula e, coincidentemente, jamais cobrado por outros governantes de outrora. Enquanto isso, a Rouanet?”, comentou Bolsonaro, despertando apoio e críticas nas redes.

Contrariando a sugestão de Bolsonaro, Ainda Estou Aqui não recebeu recursos da Lei Rouanet. Desde 2007, a legislação restringe o uso de seus fundos para longas-metragens de ficção, limitando-se a curtas, médias e documentários. O filme de Salles, com uma duração de 2h19m, foi financiado sem essa ajuda, desmentindo qualquer alegação de uso indevido dos recursos da Rouanet.

O longa, ambientado na ditadura militar, retrata episódios de sequestros e assassinatos, temas sensíveis que dividiram opiniões. Enquanto a atuação de Fernanda Torres foi celebrada internacionalmente, setores políticos conservadores, incluindo o deputado Mário Frias, criticaram a abordagem do filme. Frias, que minimiza os crimes da ditadura, se juntou ao coro de críticas, destacando a polarização que a obra provocou.

A conquista de Fernanda Torres, primeira brasileira a vencer um Globo de Ouro, é um marco para o cinema nacional. Porém, ao tocar em temas históricos delicados, Ainda Estou Aqui se tornou um ponto de debate sobre memória, arte e política. Mesmo com as controvérsias, o filme continua a despertar discussões fundamentais sobre o período ditatorial no Brasil e a importância da preservação da história através da arte.

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