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Na Tupi, Tarcísio Motta promete sufocar fontes de renda do crime organizado

Tarcísio Motta defende a desarticulação das fontes de renda do crime organizado no Rio de Janeiro e o rompimento político com a milícia e o tráfico

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Isabele Benito, Tarcísio Motta e Sidney Rezende. Foto: Rafaela Lima / Tupi

O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Tarcísio Motta (PSOL), destacou durante a sabatina na Super Rádio Tupi, nesta quarta-feira (11), que a principal estratégia para combater o crime organizado e as milícias na cidade passa por desarticular suas fontes de renda. Entre as medidas propostas, estão o fim da venda de imóveis irregulares controlados por milicianos e o rompimento com o sistema de transporte alternativo, que muitas vezes é controlado por esses grupos.

“Precisamos sufocar o dinheiro do crime. Oferecer casas para que as pessoas não precisem comprar imóveis da milícia e garantir transporte público eficiente, para que o sistema de vans não seja uma fonte de recursos para o crime,” afirmou Motta.

Ele reforçou que a prefeitura tem um papel crucial nesse enfrentamento, oferecendo moradia e transporte de qualidade para tirar a população da dependência dos serviços controlados por organizações criminosas.

Influência política do crime organizado

Tarcísio Motta também abordou a influência política que o crime organizado e as milícias exercem na cidade, criticando a presença de membros desses grupos no poder público. Ele apontou que, além de controlar territórios, o crime organizado busca conquistar espaços políticos, elegendo vereadores e até mesmo ocupando cargos na administração municipal.

“O crime organizado no Rio tem projeto de poder. Eles elegem vereadores, prefeitos, nomeiam secretários e têm influência dentro da prefeitura e da Câmara de Vereadores. Para resolver a questão da segurança, é preciso tirar o poder político e econômico do crime organizado,” declarou.

Isabele Benito, Tarcísio Motta e Sidney Rezende. Foto: Rafaela Lima / Tupi

Motta destacou que o PSOL, partido ao qual pertence, sempre se posicionou contra a presença do crime no poder político, e relembrou a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, cujo crime foi atribuído a milicianos. Ele citou casos de ex-secretários da prefeitura e políticos com ligações suspeitas com esses grupos, enfatizando a necessidade de um rompimento total com essas práticas.

Rompimento com a milícia e crime organizado

Segundo Tarcísio Motta, a atuação da prefeitura não pode ser limitada à esfera administrativa. Para ele, o rompimento político com o crime organizado é fundamental para que a cidade volte a ser governada em prol da população e livre da influência criminosa. Ele prometeu que, em seu governo, não haverá espaço para milicianos ou traficantes no poder.

“Com milícia não tem jogo e não pode ter aliança. Com o crime organizado no Rio de Janeiro, tem que romper imediatamente. O crime organizado no Rio é uma máfia. Elege vereadores, prefeitos, vira secretário. Se não romper politicamente, não resolve,” afirmou o candidato.

Motta também criticou a atual gestão da prefeitura, alegando que o governo de Eduardo Paes falhou em romper com o crime organizado. Ele citou exemplos de membros do governo com ligações suspeitas com milicianos, o que, segundo ele, fortaleceu o controle desses grupos sobre áreas estratégicas da cidade.

Fiscalização e alternativas de habitação

Tarcísio Motta também ressaltou a necessidade de uma maior fiscalização por parte da prefeitura em áreas controladas pela milícia e o tráfico de drogas. Ele criticou a gestão atual por permitir a construção de imóveis irregulares em áreas como o Complexo da Maré, onde prédios ilegais foram erguidos em terrenos que poderiam ter sido utilizados para habitação popular.

“A prefeitura devia ter fiscalizado a construção de prédios irregulares na Maré. As pessoas que compraram imóveis agora estão perdendo a economia de uma vida, porque a prefeitura não fez seu dever de casa,” declarou. Segundo Motta, a prefeitura poderia ter usado esses terrenos para construir moradias populares, o que evitaria que a população fosse explorada por criminosos.

Com essas propostas, Tarcísio Motta busca apresentar um plano de governo que enfrente o crime organizado de forma estrutural, rompendo com a influência política e econômica que esses grupos exercem sobre o poder público e sobre a vida dos cariocas.

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