Na Tupi, Eduardo Paes defende parte da Guarda Municipal armada

Durante sabatina na Super Rádio Tupi, na manhã desta sexta-feira (13), o prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Eduardo Paes, falou sobre a segurança pública na cidade e o papel da Guarda Municipal nesse contexto. Paes afirmou ser favorável ao armamento de uma parte da Guarda Municipal, mas ressaltou que o armamento generalizado da corporação não resolveria o problema da criminalidade.

“Eu sou a favor, sim, de uma parte da Guarda Municipal ser armada, mas sou contra a ideia de que armar toda a corporação vai resolver o problema da segurança pública. Funções específicas, como a Ronda Maria da Penha, podem exigir o uso de armas, mas no controle urbano, em escolas e na preservação de equipamentos públicos, isso não é necessário.”

O prefeito destacou que a responsabilidade pela segurança pública no Rio de Janeiro é, constitucionalmente, uma tarefa do Governo do Estado. Segundo Paes, a ideia de que a Guarda Municipal pode resolver sozinha questões como o combate à criminalidade e o enfrentamento à milícia é um “estelionato eleitoral”. Ele enfatizou a importância de ser honesto com a população sobre o papel real da prefeitura nesse setor.

“A responsabilidade pela segurança pública no Estado do Rio de Janeiro é do governador, não da prefeitura. Não adianta vir com promessas falsas de que a Guarda Municipal armada vai acabar com os problemas de violência e criminalidade. Isso é uma mentira, e eu sou contra esse tipo de estelionato eleitoral.”

Combate ao vandalismo

Eduardo Paes também falou sobre o vandalismo na cidade, um dos problemas que afetam diretamente o patrimônio público. Ele destacou o sucesso do programa BRT Seguro, que reduziu o vandalismo nos ônibus em 90%, e anunciou que pretende expandir esse modelo para praças e parques da cidade.

“Nós implantamos o BRT Seguro, e o vandalismo nos veículos caiu 90%. A ideia agora é implementar um modelo semelhante nas principais praças e parques da cidade, em parceria com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, para evitar a degradação do patrimônio público.”

O prefeito também apontou que o vandalismo tem duas origens: a criminalidade ligada ao uso de drogas, que motiva o roubo de peças para venda, e uma questão cultural de desrespeito ao patrimônio público. Ele destacou a necessidade de uma atuação integrada entre a prefeitura e o governo estadual para combater essas práticas e proteger os espaços públicos.

“O vandalismo está ligado tanto ao uso de drogas quanto à falta de educação e respeito pelo patrimônio público. Precisamos de uma atuação conjunta da prefeitura e do governo estadual para combater isso de forma eficaz.”

A Super Rádio Tupi sabatinou os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas. Na segunda-feira, o candidato Alexandre Ramagem (PL) foi o entrevistado, e na quarta-feira, Tarcísio Motta (PSol) respondeu às perguntas dos jornalistas.