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Educação

‘Universidade deveria ser para poucos’, defende ministro da Educação

Para Milton Ribeiro, os institutos federais "serão as grandes vedetes do futuro"

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Ministro da Educação, Milton Ribeiro, participa do programa A Voz do Brasil
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Ministro da Educação, Milton Ribeiro, participa do programa A Voz do Brasil

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em entrevista ao programa “Sem Censura”, da TV Brasil, na noite dessa segunda-feira (09), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu que a “universidade, na verdade, deveria ser para poucos”. Na visão de Ribeiro, os institutos federais, capazes de formar profissionais técnicos, “serão as grandes vedetes do futuro”.

“Com todos o respeito que tenho aos motoristas, profissão muito digna, tenho muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber, porque ele não consegue colocação devida. Mas se fosse um técnico de informática estaria empregado, porque tem uma demanda muito grande“, alegou o ministro. “O futuro é institutos federais como é na Alemanha hoje. Na Alemanha, são poucos os que fazem universidade”, pontuou na sequência.

Para completar, Ribeiro sintetizou o raciocínio com uma única frase. “Universidade, na verdade, deveria ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade”, afirmou.

Ainda durante entrevista à TV Brasil, o comandante da pasta da Educação abordou o assunto da política de cotas. Para Ribeiro, “a crítica que havia no passado, de que só ‘filhinho de papai’ estuda em universidade pública, se desconstrói com essa lei”.

“Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos ‘filhinhos de papai’ que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados”, opinou.