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Alerj debate orçamento das universidades federais sediadas no estado do Rio
Evento contará com a presença de reitores, deputados e economistasO Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio e a Assessoria Fiscal, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), vão realizar um evento para debater o orçamento das instituições federais de ensino sediadas no Rio. Todas as entidades – que englobam universidades e institutos federais, além do Colégio Pedro II – tiveram em média perdas orçamentárias de 50% comparando os anos de 2015 e 2022.
O debate acontecerá na próxima segunda-feira (11/07), a partir das 10h, no Plenário da Alerj, localizado na Rua da Ajuda, número 05, Centro do Rio. O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), comandará o encontro.“O objetivo é fazer uma ampla frente de defesa das instituições federais no Estado do Rio, que constantemente sofrem com redução do orçamento. Vamos reunir todos os atores envolvidos no sentido de que ocorra uma suplementação orçamentária para as instituições”, disse Ceciliano.
Um levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstra que R$ 11,9 milhões, ou seja 3,58% do orçamento da universidade para 2022, estão bloqueados. Com o cancelamento do valor, a dotação orçamentária caiu de R$ 329,2 milhões aprovados no Orçamento de 2022 para R$ 317,2 milhões.Com essa previsão orçamentária, a UFRJ não terá recursos para o pagamento dos contratos de manutenção básica da instituição a partir de setembro de 2022. Comparando com o ano de 2015 (há sete anos), a previsão orçamentária da UFRJ encolheu 48,9% tirando a inflação do período. Era de R$ 644 milhões, em 2015, e passou para R$ 329,2 milhões, em 2022. Quando comparado aos valores bloqueados este ano, a queda orçamentária entre 2015 e 2022 é ainda maior, chegando a 50,7%.
Diretor-presidente da Assessoria Fiscal da Alerj, o economista Mauro Osório lamentou a situação. “Precisamos fazer uma mobilização para que esses estabelecimentos de ensino consigam fechar o ano. Caso não haja suplementação, as consequências podem ser drásticas, como a interrupção de aulas e pesquisas. Diversos estudos precisam de energia e sem orçamento para manutenção como eles ficarão?”, observou Mauro.
Atualmente, a UFRJ conta com 4 mil professores pesquisadores, 65 mil estudantes e 9 mil técnicos. A instituição tem 170 cursos de graduação, 130 programas de pós-graduação, mais de 1.450 laboratórios e nove unidades hospitalares. O evento contará com a presença de reitores, deputados federais e estaduais e economistas.