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Economia

Um em cada quatro desempregados no Brasil procuram trabalho há pelo menos dois anos, aponta IBGE

Os números do segundo trimestre deste ano são recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

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Os números do segundo trimestre deste ano são recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um total de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2%, ou cerca de uma em cada quatro pessoas, no total de desocupados no Brasil. Os números do segundo trimestre deste ano são recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.

Os números no segundo trimestre de 2018 apontavam que o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos era de 3,15 milhões. Já no segundo trimestre de 2015, o total era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.

“A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avalia a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

No segundo trimestre, a taxa de desemprego do país recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre deste ano e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018.

A taxa caiu em dez das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados nessa quinta-feira. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%; Amapá, de 20,2% para 16,9%; e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.

Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a taxa subiu em duas unidades: Roraima, de 11,2% para 14,9%; e Distrito Federal, de 12,2% para 13,7%. Ela caiu em três: Amapá, de 21,3% para 16,9%; Alagoas, de 17,3% para 14,6%; e Minas Gerais, de 10,8% para 9,6%. Nas demais unidades, a taxa ficou estável.