Economia
Saiba como economizar no material escolar e no reajuste das mensalidades
Educadora financeira dá dicas para quem deseja negociar ou busca economiaO ano letivo está quase começando nas escolas e, nesse período, os custos batem à porta das famílias brasileiras. Além das taxas tradicionais dessa época, como IPVA e IPTU, a compra do material escolar ou o reajuste das mensalidades dos pequenos costuma ser uma dor de cabeça para muitos pais. Pensando nisso, a educadora financeira, Aline Soaper, preparou algumas dicas essenciais para conseguir driblar a alta de preços nos itens e nas tarifas escolares. Confira!
1) Avalie as necessidades do aluno e da família:
“Na hora de comprar os materiais escolares, é necessário entender o momento financeiro da família. Se a fase é de aperto no orçamento, o melhor é abrir mão de produtos com marcas licenciadas e personagens, dando assim preferência aos materiais mais simples. A diferença entre um material com personagens licenciados e outro que não tenha esse tipo de referência, por exemplo, pode chegar a 100% do valor”, explica Aline Soaper.
2) Atente-se aos materiais obrigatórios:
“A escola pode pedir material de uso individual e coletivo, porém, ela não pode exigir marca ou que tal item seja comprado em um único lugar. Os pais têm o direito de fazer pesquisa de preços e escolher o que melhor atende ao orçamento da família”, alerta a educadora financeira.
3) Reaproveite!
“O reaproveitamento de materiais do ano anterior é uma excelente alternativa do ponto de vista econômico e também para o meio ambiente. Sobras de cadernos, folhas, canetas, lápis de cor e tintas, bem como outros materiais devem ser reaproveitados, diminuindo assim a lista de itens e dando fôlego ao orçamento das famílias, que poderão adiar em alguns meses essa compra”, explica a educadora financeira.
Ainda segundo Aline Soaper, os pais podem consultar a direção da escola sobre grupos de troca de livros ou até pesquisar na internet a existência desses núcleos. “É importante que esses livros estejam em bom estado e que sejam bem cuidados para serem usados por outros estudantes no ano seguinte”, aconselha Soaper.
4) Reajuste das mensalidades – o que pode?
O contrato de matrícula da escola particular é estabelecido entre as duas partes e segue regras. Geralmente, as instituições usam o IGPM para reajustar as mensalidades. No entanto, com a disparada desse índice, os colégios estão flexibilizando e aplicando, em média, reajustes de até 10%, conforme a alta da inflação.
“Os pais que estiverem passando por problemas financeiros, como queda na renda, podem buscar a direção da escola para negociar um desconto ou redução na taxa de reajuste anual. No entanto, fica a critério da escola conceder ou não o benefício. Se os pais não puderem manter as mensalidades em dia, o melhor será buscar uma escola com mensalidade mais acessível e compatível com a renda familiar”, explica a educadora financeira.
5) Atenção à matrícula escolar
“As escolas não podem cobrar matrícula, mas podem dividir o valor da anuidade em 13 parcelas. Sendo a primeira paga no ato da matrícula. Por ser um critério de cada instituição, as famílias precisam perguntar sobre a quantidade de parcelas antes de assinar o contrato e, se não concordar, buscar outro colégio que pratique outra forma de cobrança”, explica Aline Soaper.
Ainda segundo a educadora financeira, o importante em todos os casos é saber o quanto cada família pode assumir do pagamento mensal e ajustar o orçamento para não entrar em dívidas. “As escolas podem protestar os boletos de mensalidade, podem solicitar a inclusão do responsável inadimplente nos órgãos de proteção ao crédito e podem cobrar juros e multas por atraso. Inclusive, custas judiciais. Por isso, é fundamental manter as mensalidades em dia”, conclui Aline.