Economia
‘Que o Paulo Guedes está propondo não é CPMF, é uma tributação digital’, afirma Bolsonaro
De acordo com presidente, a ideia é que o novo tributo seja uma compensação para desonerar a folha de pagamentoEm conversa com apoiadores e com a imprensa na porta do Palácio da Alvorada, nesse sábado, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), negou a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, ou simplesmente CPMF. De acordo com o chefe do Executivo, a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, é estabelecer uma tributação digital.
“O que o Paulo Guedes está propondo não é CPMF não. É uma tributação digital. Não é apenas para financiar um programa que envolveria quase todos que estão aí. É para desonerar, também, a folha de pagamento. É uma compensação. É eliminar um montão de encargos em troca de outro, mas se a sociedade não quiser, não tem problema nenhum”, afirmou Bolsonaro, que deu a declaração logo após cerimônia de arreamento da bandeira.
No entanto, ao ser questionado pelos repórteres presentes se era favorável ou não a criação de um novo imposto, o presidente desconversou. “Não pergunte se eu sou favorável ou não, porque já seria maldade essa pergunta. É maldade. A proposta do Paulo Guedes visa desonerar a folha de pagamento, porque não é fácil a vida dos patrões também. O pessoal fala que a vida de empregado é difícil, mas a do patrão também é difícil”, alegou Bolsonaro.
Instituída pelo governo de Fernando Henrique Cardoso em 1997, a CPMF foi uma cobrança que vigorou no país por 11 anos. O tributo incidia sobre todas as movimentações bancárias, exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas correntes de mesma titularidade.