Programa da Secretaria de Agricultura apoia produtores do Cultivo Protegido

O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos é comemorado nesta sexta-feira (07). A data chama a atenção da população para essa questão e inspira ações voltadas para prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar. A Secretaria de Estado de Agricultura, por meio do Agrofundo, do Governo do Estado, apóia os produtores do Cultivo Protegido (feito em estufas), com o Programa Cultivar Orgânico.

Nele, os produtores contam com uma linha de crédito com juros de 2% ao ano para fomentar projetos com o objetivo no aumento da produção e produtividade dos sistemas orgânicos. Incentivar a conversão para esse sistema mediante a inserção de tecnologias agroecológicas, utilizando parcerias comerciais, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Do ano de 2020 até hoje, o Cultivar Orgânico concedeu cerca de R$ 1.700.000,00 para que os produtores pudessem impulsionar sua produção. O programa tem como objetivo estimular a mudança de práticas agrícolas convencionais para a agricultura orgânica e apoiar os produtores rurais que já trabalhem nesta atividade.

“O consumo de alimentos orgânicos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Além de garantir mais saúde, sua produção causa menos impacto à natureza. A Secretaria de Estado de Agricultura, busca apoiar nossos produtores rurais através dos programas da pasta. Para o cultivo protegido, disponibilizamos o Cultivar Orgânico, empréstimo a juros baixos para que os produtores possam impulsionar sua produção”, ressaltou Dr. Deodalto, secretário de Agricultura.

O uso consciente dos recursos naturais, a qualidade e a segurança alimentar são preocupações cada vez mais evidentes na sociedade. Com a busca por uma alimentação mais saudável, o consumo de alimentos orgânicos vem crescendo a cada dia. A integração sustentável lavoura-natureza favorece o desenvolvimento de sistemas de produção.

O cultivo protegido é um desses sistemas, pois facilita o manejo de pragas e doenças, garante qualidade à produção e contribui para que haja regularidade na oferta de alimentos o ano todo.

Esse tipo de cultivo se destaca por oferecer diversas vantagens em relação ao sistema tradicional – a céu aberto. Nesse sistema há o controle preciso do ambiente, como a nutrição da planta, umidade e luminosidade. Os agricultores garantem o desenvolvimento ideal das plantas, o que resulta em maior produtividade, qualidade superior dos produtos, independente das condições climáticas externas.

Desde 2010, quando os primeiros projetos de crédito foram elaborados, aprovados e as primeiras estufas instaladas, a realidade do campo vem se transformando, impulsionando a produção, a qualidade de vida dos agricultores e a sustentabilidade ambiental.

Teresópolis, Nova Friburgo, Paty do Alferes são alguns dos municípios que mais utilizam o sistema do Cultivo Protegido.

O município de Paty do Alferes se destaca no cultivo protegido do tomate e vive uma verdadeira revolução nos sistemas de proteção, trazendo um futuro promissor para a agricultura familiar.

“Em 2023, dados do ASPA da EMATER-RIO revelam que o cultivo protegido em Paty do Alferes gerou 8.100 toneladas de tomate e 1.200 toneladas de pimentão, números que comprovam o potencial dessa técnica para o desenvolvimento da região”, destacou Renato Farnezi, engenheiro agrônomo da Emater-Rio.

O cultivo protegido representa um novo paradigma para a agricultura familiar. Através da união de tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida, essa prática inovadora abre caminho para um futuro promissor, onde o campo se torna um espaço de prosperidade e desenvolvimento para as famílias que dela dependem.

 Benefícios do Cultivo Protegido

– Produção de alimentos de maior qualidade,

– Gera retorno econômico e ambiental,

– O isolamento da estufa evita a chegada de pragas e permite a redução significativa do uso de defensivos químicos,

– Há queda no consumo de água, pois no sistema protegido, é preciso apenas 2 litros de água por planta, para obter um produto de qualidade superior, no cultivo tradicional são gastos 8 litros em média.