Brasil
Presidente do BC vai tentar convencer senadores a votar o orçamento de guerra
A PEC é defendida pela equipe econômica com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

(Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Está confirmada para esta quinta-feira às 11 e 15 da manhã, uma videoconferência de senadores com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele vai tentar convencer os senadores que resistem à votação da proposta de emenda à Constituição do orçamento de guerra a apoiarem a proposta. A PEC é defendida pela equipe econômica com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que votou os dois turnos da PC, no mesmo dia.
No Senado, vários parlamentares resistem ao que consideram um “cheque em branco” ao governo federal durante a pandemia do novo coronavírus. Um dos pontos do texto que mais enfrenta resistência dos senadores trata da aquisição de títulos privados pelo Banco Central, o que não é permitido hoje.
A medida tem o objetivo de aumentar a liquidez de empresas, mas podem deixar o Tesouro Nacional exposto a papéis com alto risco de inadimplência. O texto também cria um instrumento para impedir que os gastos emergenciais contra a pandemia, cerca de R$ 700 bilhões, sejam misturados ao Orçamento da União.
Para a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a PEC é desnecessária depois de que o Congresso aprovou o Decreto de Calamidade, que desobriga o cumprimento da meta fiscal deste ano para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) e abre caminho para mais gastos com a epidemia.
