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Paulo Guedes diz que ganho real do mínimo geraria onda de desemprego

Vai ser o segundo ano em que o salário mínimo vai ter correção apenas pela inflação e não terá ganho real

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Imagem do ministro Paulo Guedes
(Foto:Reprodução/Câmara dos Deputados)

(Foto:Reprodução/Câmara dos Deputados)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o Governo Federal não propôs um ganho real para o salário mínimo em 2021 para evitar mais uma onda de desemprego. Para ele, o reajuste causaria milhões de demissões por causa da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. “Hoje, se você der um aumento no salário mínimo, milhares e talvez milhões de pessoas vão ser demitidas. Você está no meio de uma crise de emprego terrível. Todo mundo desempregado. Se você dá um aumento de salário, vai condenar as pessoas ao desemprego”, disse Guedes, dizendo que a “a covid-19 causou um efeito devastador sobre o emprego”.

O ministro foi questionado sobre o valor do salário mínimo estipulado para o próximo ano nesta terça-feira, em audiência pública do Congresso Nacional.  De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária de 2021, o Salário Mínimo vai ser de R$ 1.067. Valor apenas R$ 22 maior que o atual e abaixo dos R$ 1.079 que o governo havia proposto inicialmente, pois considera apenas a variação da inflação da baixa de renda e o governo acredita que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor vai variar 2,09% este ano, abaixo dos 3,19% projetados no início da pandemia.

Vai ser o segundo ano em que o salário mínimo vai ter correção apenas pela inflação e não terá ganho real. Segundo Guedes, foi preciso tomar essa decisão no ano passado, no início do governo Bolsonaro, porque o governo estava quebrado e os benefícios previdenciários estavam todos atrelados ao mínimo.