Economia
Otimista, setor hoteleiro espera melhor ocupação neste carnaval do que em 2019
No Rio de Janeiro, 64% das reservas já foram confirmadas, o que sugere uma ocupação de, no mínimo, 90% da capacidadeA valorização do dólar frente ao real deve favorecer o turismo nacional durante o carnaval, atraindo mais estrangeiros e estimulando os brasileiros a viajarem pelo país. Setores como o hoteleiro apostam que, este ano, a taxa de ocupação de pousadas e hotéis de alguns dos principais destinos turísticos brasileiros será superior à registrada em 2019.
Levantamento preliminar da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional) indica que, em várias capitais, a quantidade de reservas de hospedagem para a festa do Momo já supera a do mesmo período do ano passado. Embora não abranja todo o país, o trabalho divulgado pela associação contempla alguns dos principais destinos turísticos nacionais.
A ocupação dos hotéis do Rio de Janeiro deve superar o índice registrado no ano passado, 64% das reservas já foram confirmadas, o que sugere uma ocupação de, no mínimo, 90% da capacidade hoteleira. Em 2019, a taxa de ocupação na capital fluminense foi de 74%. Também na Região Sudeste, Belo Horizonte, em Minas Gerais, deve atingir uma taxa de ocupação da ordem dos 80%, enquanto na capital paulista, onde o carnaval de rua vem se consolidando como uma atração popular, a taxa deve ficar em 60%.
No nordeste, os hotéis de Maceió, no Alagoas, de Fortaleza, no Ceará, e de João Pessoa, na Paraíba, já estão com 75% da capacidade ocupada, mesmo índice registrado em 2019 durante o feriado. A expectativa, contudo, é que, até a próxima sexta-feira, esta taxa aumente com a chegada dos viajantes de última hora e supere a do ano passado. Em Recife, no Pernambuco, 95% das reservas já foram confirmadas, indicando uma maior movimentação. Em Natal, no Rio Grande do Norte, a estimativa é alugar 90% do total de leitos disponíveis, contra os 88% alcançados em 2019. Já em Salvador, na Bahia, principal destino turístico da região, a lotação deve ser total.
No Sul do país, Florianópolis, em Santa Catarina, estima uma ocupação de cerca de 75%, enquanto no Paraná, a taxa de ocupação em Foz do Iguaçu e nos pontos mais visitados do litoral paranaense podem chegar a 85%. Na capital, Curitiba, 54% dos leitos disponíveis deverão ser ocupados, ajudando a movimentar a economia local. Já no Rio Grande do Sul, o maior movimento deve ser registrado na região das Hortências, que inclui Gramado e Canela.
Na Região Centro-Oeste, Brasília deve atingir 32% da ocupação durante o feriado. Em Mato Grosso, a procura por reservas também sugere um aumento em comparação ao ano passado. Já em Mato Grosso do Sul, o maior filão turístico concentra-se distante da capital, Campo Grande. Consultados pela Abih Nacional, empresários do ramo calcularam uma ocupação de cerca de 95% no Pantanal sul-mato-grossense e de 75% em Corumbá – o que, em ambos os casos, é um resultado melhor que o registrado no mesmo período de 2019.
O otimismo do setor hoteleiro encontra amparo no resultado de uma pesquisa que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou no último dia 03 de fevereiro. De acordo com a entidade, o conjunto das atividades turísticas relacionadas ao carnaval deverão movimentar cerca de R$ 8 bilhões este ano. Comparada a 2019, a cifra representa um aumento real de apenas 1%. Mesmo assim, é o maior volume de receitas desde 2015. O que, segundo a confederação, se deve à gradual, ainda que lenta, recuperação da atividade econômica.