Economia
Minha Casa, Minha Vida abre portas com nova faixa aprovada pelo FGTS
Governo federal cria faixa de R$ 8 mil a R$ 12 mil no programa habitacional, oferecendo financiamento com juros de 8% ao ano e subsídios atrativos.
O governo brasileiro anunciou recentemente uma expansão significativa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, com o objetivo de atender famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Essa iniciativa, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, busca ampliar o acesso à moradia digna, especialmente para a classe média, oferecendo condições de financiamento mais acessíveis.
A nova modalidade do programa permite a aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, com prazos de pagamento estendidos para até 420 meses e taxas de juros anuais reduzidas para 10%. A expectativa é que cerca de 120 mil famílias sejam beneficiadas por essas mudanças até o final de 2025, promovendo uma inclusão habitacional mais ampla.
Quais são as mudanças nas faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida?
Além da criação da nova faixa para a classe média, o Conselho Curador do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ajustes nas faixas de renda existentes do programa. As Faixas 1 e 2 tiveram seus limites de renda reajustados para ampliar o número de beneficiários. A Faixa 1 agora atende famílias com renda de até R$ 2.850, enquanto a Faixa 2 foi ajustada para incluir famílias com renda de até R$ 4.700.
A Faixa 3 também foi ampliada, elevando o teto de renda de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil mensais. Essa faixa permite a aquisição de imóveis de até R$ 350 mil, com taxas de juros variando entre 7,66% e 8,16% ao ano. A expectativa é que essas mudanças incluam 15 mil novas famílias na Faixa 3 ainda em 2025.
Como a redução dos juros impacta as famílias beneficiadas?
Uma das medidas mais significativas dessa expansão é a redução das taxas de juros, que pode chegar a até 1,16 ponto percentual. Essa mudança beneficiará mais de 100 mil famílias, tornando o financiamento habitacional mais acessível. Além disso, cerca de 20 mil famílias passarão a ter acesso aos subsídios do FGTS, facilitando ainda mais a aquisição de moradias.
O plano prevê a mobilização de R$ 15 bilhões do FGTS, que serão complementados por outros R$ 15 bilhões captados por instituições financeiras habilitadas. No total, a nova faixa do programa, focada na classe média, contará com R$ 30 bilhões em recursos para financiamento habitacional.
Qual é o impacto esperado dessas medidas no setor habitacional?
As medidas anunciadas pelo governo visam não apenas a inclusão habitacional, mas também a revitalização do setor de construção civil no Brasil. Até dezembro de 2024, o programa Minha Casa, Minha Vida já havia contratado 1,3 milhão de novas moradias, com um investimento total de R$ 190 bilhões. Desde o início do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mais de 43 mil moradias que estavam paralisadas foram entregues, beneficiando cerca de 173 mil pessoas.
Essas ações reafirmam o compromisso do governo em promover a inclusão social e o acesso à moradia digna para milhões de brasileiros, fortalecendo a política habitacional do país e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social.
