Economia
IPCA-15 fecha em 0,21% em outubro
Índice foi puxado pela alta nas passagens aéreas, de quase 24%O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, na manhã desta quinta-feira (26), o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a prévia da inflação oficial do país.
Segundo o instituto, o índice de outubro fechou em 0,21%, 0,14 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de setembro (0,35%). Em 2023, o IPCA-15 acumula uma alta de 3,96% e nos últimos doze meses, de 5,05%, acima dos 5% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores (novembro de 2021 – outubro de 2022). Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16% (0,05 p.p. abaixo do atual)
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta no mês. A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes, pelo segundo mês consecutivo. Os grupos de Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e de Habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram, cada um, com 0,04 p.p.
Entre as quedas, o grupo de Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) registrou diminuição nos preços pelo quinto mês consecutivo. Os demais grupos oscilaram entre os índices de Comunicação (-0,29%) e Despesas Pessoais (0,31%).
Alimentação e bebidas
A queda do grupo foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou em relação ao mês anterior (-1,25%). Destaque para as quedas do leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Entre as altas, destacam-se o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%).
A alimentação fora do domicílio (0,21%) registrou queda em relação ao mês anterior (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%) e o lanche (-0,11%) registrou queda de preços, após alta de 0,74% em setembro.
Transportes
Entre os transportes, as passagens aéreas subiram 23,75% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.). Os transportes por aplicativo (5,64%) e os emplacamentos e licenças (1,64%) também registraram alta.
Entre os combustíveis, a gasolina (-0,56%), o etanol (-0,27%) e o gás veicular (-0,27%) registraram queda, enquanto o óleo diesel (1,55) subiu. Alta registrada também no táxi (0,31%).
Habitação
O grupo de Habitação (0,26%) teve como destaque as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). A taxa de água e esgoto também registrou alta (0,27%), enquanto a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07%.
Saúde e cuidados pessoais
No grupo (0,28%), os planos de saúde registraram alta de 0,77%. Os itens de higiene pessoal subiram 0,05%, puxados pelos perfumes (1,24%) e pelos produtos para cabelo (0,45%).