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IPCA no mês de agosto ficou em -0,02%

Em pouco mais de um ano é o segundo mês com deflação no país

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(foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto ficou em –0,02%, 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.

Em junho de 2023 também foi registrada deflação.

No grupo Habitação (-0,51%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Além disso, foram verificados reajustes tarifários nas seguintes áreas: Porto Alegre (-0,69%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias a partir de 19 de agostoVitória (-1,49%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Paulo (-3,07%), com redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 4 de julho; São Luís (-4,52%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (-5,63%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Ainda em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,44%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 8,05% em Fortaleza (6,49%), a partir de 5 de agosto; de 5,81% em Salvador (5,43%), a partir de 1° de agosto; de 4,31% em Vitória (4,03%), a partir de 1º de agosto; e redução média de 0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho.

Em Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

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