Conecte-se conosco

Destaques

Governo do Rio e Ministério da Economia vão discutir plano de recuperação fiscal nos próximos 15 dias

Em reunião com ministro Paulo Guedes, nesta quarta-feira (19), governador Cláudio Castro defendeu o direito de fazer parte do acordo fiscal

Publicado

em

Governador Cláudio Castro ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes
Governador Cláudio Castro ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes (Foto: Fillipe de Freitas/Governo do Estado do Rio de Janeiro
Governador Cláudio Castro ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes

Governador Cláudio Castro ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes (Foto: Fillipe de Freitas/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

O governador Cláudio Castro anunciou que, nos próximos 15 dias, a Secretaria de Fazenda e o Governo Federal vão debater as argumentações do Governo do Rio de Janeiro sobre os pareceres da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que rejeitaram a proposta da gestão estadual para aderir ao novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

O acordo foi formalizado durante reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília, nesta quarta-feira (19).

“Enquanto os pontos são debatidos, a Procuradoria Geral do Estado vai pedir para a PGFN uma prorrogação de prazo para que possamos esgotar esses temas e formalizar as nossas justificativas. Vamos rever conjuntamente para achar as soluções e dar as explicações necessárias, tanto por parte do Governo do Estado quanto para o ministério”, afirmou Castro.

‘Tirar o RJ da recuperação fiscal é uma maldade’

Em coletiva na última segunda-feira (17), logo após a divulgação dos pareceres contrários do Tesouro Nacional e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o governador Cláudio Castro garantiu que todas as exigências do Governo Federal foram cumpridas e afirmou que tirar o estado do Rio do Regime de Recuperação Fiscal era uma maldade.

Castro declarou ainda que os reajustes salariais prometidos aos servidores, apontados como um dos motivos para a rejeição da proposta de recuperação fiscal, estavam previstos em lei e, portanto, mesmo proporcionando um aumento nos gastos do governo estadual, não deveriam ser motivo para negar o plano fiscal.

O Plano

O Rio de Janeiro enviou, em maio de 2021, o pedido de adesão ao novo Regime de Recuperação Fiscal, que terá a duração de nove anos. Com a adesão vigente a partir de 4 de junho, o governo deixou de pagar, no ano passado, as dívidas com a União e garantidas pelo governo federal. O total da dívida do estado com a União chega a R$ 176,8 bilhões.

Com a aprovação do Plano de Recuperação Fiscal, as parcelas serão retomadas gradativamente. Desta forma, durante a vigência do Plano, o estado pagará R$ 78 bilhões em dívidas à União. Sendo assim, o período total para o pagamento será de 30 anos, ou seja, até 2051.

O que é o Regime de Recuperação Fiscal

O Regime de Recuperação Fiscal (RRF), aprovado pela Lei Complementar 159/2017, foi criado para fornecer aos Estados com grave desequilíbrio financeiro os  instrumentos para o ajuste de suas contas.

“O RRF evita que o Rio de Janeiro volte à crise de governos anteriores, quando os servidores ficaram sem salários e o Estado deixou de investir em diversas áreas e de pagar fornecedores. As medidas propostas no Plano são necessárias para a retomada do crescimento econômico e social nos próximos anos”, explicou o secretário de Fazenda, Nelson Rocha.

 

Continue lendo