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Economia

Estudo da Fecomércio aponta que intenção de consumo das famílias do estado do Rio apresentou queda em Maio

Pesquisa mostra que essa é a maior variação negativa frente ao mês anterior desde agosto de 2015

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(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF – RJ) registrou na cidade do Rio de Janeiro, em maio, queda de 5 pontos em relação a abril e alcançou 83,9, depois de ter apresentado redução de 4 pontos na passagem entre março e abril.  A queda observada em maio é a maior variação negativa frente ao mês anterior desde agosto de 2015, quando o país atravessava um momento de grande convulsão política. O levantamento é do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), apurado pela CNC.

Em relação a maio de 2019, houve queda de 0,1 ponto. Em 2019 o índice apresentou alta no primeiro trimestre, parte em função das boas expectativas produzidas pela posse do novo governo eleito, deterioração ao longo dos dois trimestres seguintes e recuperação no último trimestre de uma parcela do otimismo do início do ano. Em 2020 o movimento era de alta até março, antes da captação dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Apesar da queda forte em relação a abril, a série ainda se mantém em um nível próximo à média de 2019.

Todos os itens que compõem o índice apresentaram quedas, em linha com as expectativas do Instituto. Em nosso último relatório, reforçamos que os itens de perspectiva de consumo e profissional seriam importantes termômetros para as previsões para a economia do Rio de Janeiro. Não surpreendentemente, o item de perspectiva de consumo foi o que apresentou maior queda (-10,2), seguido de momento para duráveis (-9,4), que pode ser explicado pela iniciativa dos consumidores de postergar compras que não sejam extremamente necessárias e envolvam comprometimento de uma renda futura ainda incerta, e perspectiva profissional (-6,9).

Portanto, o Instituto reforça que apesar da queda frente a abril ter sido expressiva, as expectativas ainda estão distantes do que observamos em 2015 e 2016, anos mais graves da recessão recente. Além disso, esperamos que o cenário de queda se mantenha e possivelmente se agrave, especialmente se houver a percepção de que a recuperação e a volta à normalidade podem ser lentas.