Equilíbrio no ambiente de trabalho é fundamental, explica especialista

Escutar sempre a opinião de líderes e funcionários, seguir os combinados nos novos expedientes, como horários determinados para reuniões e intervalos de almoço, além de monitorar dados e ajustar as rotinas conforme os resultados. Tais atitudes têm sido adotadas por empresas diante dos modelos de trabalho surgidos durante a pandemia, em busca de inovar o ambiente de trabalho e torná-lo mais leve. Mas fazer isso implica em alguns desafios.

Segundo a especialista em Liderança e Gestão de Pessoas, Rosa Bernhoeft, um dos maiores desafios, tanto de líderes quanto de empresas, é integrar os aprendizados do trabalho remoto às realidades do trabalho presencial para que isso resulte em uma empresa equilibrada. “Os trabalhadores hoje sofrem muito com ansiedade. Isso vai ter um impacto forte na produtividade, nos relacionamentos, nas perspectivas de carreira e na criação de um ambiente saudável nas organizações”, analisa.

Ainda segundo Rosa, é preciso entender três elementos na busca por um equilíbrio nas empresas. “O primeiro dilema é como equacionar o volume de demandas no mercado e a urgência com que essa demanda tem que ser resolvida, afetando a dimensão de tempo das pessoas. Um segundo ponto é quando estamos lidando com relacionamentos, com gestão de estados emocionais que impactam ambientes e a saúde física e mental dos trabalhadores. Estes relacionamentos estão sujeitos a estresses, conflitos e medos. O terceiro elemento é como equilibrar a dedicação, o engajamento, o comprometimento dos trabalhadores com os modelos de recompensa e reconhecimento”, informa.

Por fim, Rosa salienta que os líderes, como figuras centrais, sentem a mesma pressão que os colaboradores e repassam essa pressão para as equipes. “Por isso que é muito importante o cuidado com a qualidade emocional, mental e física que dá sustentação ao líder para que ele consiga fazer o processo de transformação na empresa. O equilíbrio do líder é o equilíbrio do grupo”.