Brasil
Desocupação recua em 15 das 27 unidades da Federação no Segundo Trimestre
Dados foram apontados pela PNAD contínua trimestral divulgada pelo IBGE, nesta quinta-feira
A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2024 foi de 6,9%, recuando 1,0 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre (7,9%) e caindo 1,1 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023 (8,0%). Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 15 das 27 Unidades da Federação (UF), mantendo-se estável nas outras 12.
Os dados da PNAD contínua trimestral foram divulgados nesta quinta-feira, pelo IBGE.
As maiores taxas foram de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).
A taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).
No primeiro trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 16,4%. Piauí (33,0%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).
No segundo trimestre de 2024, havia 1,7 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 17,3% frente ao segundo trimestre de 2023, quando 2,0 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.
O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro tri de 2024 foi de 2,9%. Maranhão (11,1%), Alagoas (9,5%) e Piauí (8,8%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%), Mato Grosso (0,8%), Paraná e Rondônia (0,9%, ambos).
No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,6%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,0%), Paraná (81,6%) e São Paulo (80,5%) e os menores, no Piauí (50,1%) Maranhão (52,4%) e Paraíba (54,7%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,1%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (34,6%), Amapá (32,1%) e Maranhão (31,2%) e os menores, do Distrito Federal (19,1%), Mato Grosso do Sul (19,9%) e Goiás (21,6%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).
O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.214, crescendo em relação ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.158) e frente ao segundo trimestre de 2023 (R$ 3.037). Entre as grandes regiões, no trimestre, o rendimento cresceu no Sul (R$ 3.528) e no Nordeste (R$ 2.238), permaneceu estatisticamente estável nas demais. Na comparação anual, houve altas no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627) com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).
Frente ao 1º trimestre de 2024, a taxa de desocupação recuou em 15 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras 12. As maiores taxas foram de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).
Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) – 2° trimestre de 2024
UF | 1T 2024 | 2T 2024 | situação |
Pernambuco | 12,4 | 11,5 | → |
Distrito Federal | 9,5 | 9,7 | → |
Rio Grande do Norte | 9,6 | 9,1 | → |
Sergipe | 10,0 | 9,1 | → |
Amapá | 10,9 | 9,0 | → |
Paraíba | 9,9 | 8,6 | → |
Roraima | 7,6 | 7,1 | → |
Rio Grande do Sul | 5,8 | 5,9 | → |
Paraná | 4,8 | 4,4 | → |
Mato Grosso do Sul | 5,0 | 3,8 | → |
Rondônia | 3,7 | 3,3 | → |
Mato Grosso | 3,7 | 3,3 | → |
Santa Catarina | 3,8 | 3,2 | ↓ |
Rio de Janeiro | 10,3 | 9,6 | ↓ |
Goiás | 6,1 | 5,2 | ↓ |
Brasil | 7,9 | 6,9 | ↓ |
Minas Gerais | 6,3 | 5,3 | ↓ |
São Paulo | 7,4 | 6,4 | ↓ |
Pará | 8,5 | 7,4 | ↓ |
Ceará | 8,6 | 7,5 | ↓ |
Maranhão | 8,4 | 7,3 | ↓ |
Espírito Santo | 5,9 | 4,5 | ↓ |
Acre | 8,9 | 7,2 | ↓ |
Tocantins | 6,0 | 4,3 | ↓ |
Alagoas | 9,9 | 8,1 | ↓ |
Amazonas | 9,8 | 7,9 | ↓ |
Piauí | 10,0 | 7,6 | ↓ |
Bahia | 14,0 | 11,1 | ↓ |
Piauí tem a maior taxa de subutilização (33,0%) e Santa Catarina, a menor (5,8%)
No 2° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 16,4%. O Piauí (33,0%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 2° trimestre de 2024
Rondônia tem a maior proporção de conta própria (34,6%) e DF a menor (19,1%)
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,1%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (34,6%), Amapá (32,1%) e Maranhão (31,2%) e os menores, do Distrito Federal (19,1%), Mato Grosso do Sul (19,9%) e Goiás (21,6%).
Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) – 2° trimestre 2024