Brasil
Consumo de bens industriais cresce 3% em maio
A maior alta foi no consumo de bens duráveis, com expansão de 80,6% em relação ao período mais afetado pelo coronavírus
Segundo o IPEA, o consumo aparente de bens industriais no Brasil cresceu 3% em maio, em relação a abril, após três meses seguidos de resultados negativos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, no Rio de Janeiro. O indicador acompanha a produção industrial interna que não é exportada e as importações de bens industriais no país. Apesar do crescimento em relação aos meses mais afetados pela pandemia da Covid-19, o consumo de bens industriais em maio foi 15,8% inferior ao do mesmo mês do ano passado.
A alta registrada em relação a abril foi a primeira desde janeiro, o último mês antes de os reflexos da pandemia crescerem. Em abril, o indicador havia caído 0,3% na comparação com março, quando teve o maior recuo do período da pandemia, com retração de 11,9% em relação ao mês de fevereiro. No segundo mês do ano, o resultado também foi negativo em relação a janeiro, com retração de 1%. Em 12 meses, o consumo aparente de bens industriais acumula redução de 3,6%.
Já no trimestre móvel encerrado em maio, que inclui março e abril, houve recuo de 16,9% em relação ao trimestre fevereiro/março/abril. Em maio, a alta no consumo de bens industriais foi maior nas importações, que cresceram 10,5%, enquanto a produção de bens nacionais aumentou 1,9%, ambas na comparação com abril. O consumo de bens de capital aumentou 68,7% em maio, enquanto o de bens intermediários caiu 0,6%.
A maior alta, porém, foi no consumo de bens duráveis, com expansão de 80,6% em relação ao período mais afetado pelo coronavírus. Em comparação com maio de 2019, todas as categorias econômicas tiveram queda.