Brasil
Campos Neto diz no Senado que combate à inflação ‘é o maior instrumento social que existe’
Aos senadores ele disse que o Banco Central está com a lupa no chamado núcleo de inflação
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta terça-feira a atuação técnica da instituição na “missão social” de combater o aumento geral de preços. Ele compareceu à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal parar falar com os senadores para apresentar explicações sobre a taxa básica de juros no patamar de 13,75%, o maior desde 2016.
Campos Neto explica aos senadores que o Banco Central está com a lupa no chamado núcleo de inflação, que verifica a tendência dos preços desconsiderando choques temporários. Ele argumenta que a taxa geral de inflação está “contaminada” por fatores de curto prazo, como a desoneração de combustíveis.
O núcleo da inflação, portanto, ainda estaria muito pressionado, próximo de 8%. Roberto Campos Neto voltou a dizer que a alta de juros iniciada em 2021 evitou uma inflação de 10% para este ano. Segundo ele, se o BC não tivesse agido com antecedência, os juros precisam estar em 18,75%, o que levaria o país à recessão.